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Borboleta da espécie Polyommatus icarus. Foto: Kristian Peters / Wiki Commons

O que procurar na Primavera: Borboletas diurnas

12.05.2016

De 14 a 29 de Maio, os portugueses, de Norte a Sul do país estão convidados a passear na natureza e a identificar e registar as espécies que encontrarem. É mais uma edição do Pé n’A Terra, iniciativa da  associação Biodiversity4All que quer aumentar o conhecimento do mundo natural do nosso país. Até ao final da semana, vamos dar-lhe a conhecer listas dos animais e plantas que é mais provável encontrar.

 

O Pé n’A Terra, que surgiu em 2011, pretende ser um acontecimento nacional de registo de biodiversidade. O desafio é sair de casa, observar e identificar as espécies que encontrar e introduzir os seus registos no site da Biodiversity4All para poderem ser validados por especialistas e estarem disponíveis a todos.

Até agora neste site estão registadas 6.693 espécies que ocorrem em Portugal. Só este mês já foram introduzidas 4.399 observações e oito espécies novas. Mas é preciso mais. E é aqui que entra o Pé n’A Terra.

Para os que desejam participar e querem conhecer melhor o mundo natural à sua volta, durante esta semana vamos publicar uma lista por dia com algumas espécies mais prováveis de encontrar, sugeridas por Inês Teixeira do Rosário, bióloga ligada à Biodiversity4All.

Hoje, sugerimos-lhe seis espécies de borboletas diurnas, de entre as quase 140 espécies que ocorrem em Portugal, que pode identificar agora na Primavera. De preferência, em dias de sol e com pouco vento.

 

  1. Borboleta-cauda-de-andorinha (Papilio machaon)
Foto: Hamon JP / Wiki Commons
Foto: Hamon JP / Wiki Commons

Entre Fevereiro e Dezembro, pode ser observada em todas as regiões de Portugal Continental. Prefere jardins ou terrenos incultos e também prados, encostas floridas e prados.

 

 

  1. Almirante-vermelho (Vanessa atalanta)
Foto: Kristian Peters / Wiki Commons
Foto: Kristian Peters / Wiki Commons

É visível em todo o território português, incluindo Madeira e Açores, durante o ano inteiro. É mais facilmente observada em prados e orlas de florestas e matos floridos, mas também se vê nas cidades.

 

 

  1. Borboleta-loba (Maniola jurtina)
Foto: Böhringer Friedrich / Wiki Commons
Foto: Böhringer Friedrich / Wiki Commons

É entre Março e Outubro que a borboleta-loba pode ser avistada em todos os tipos de prados, matos e florestas. Ocorre em Portugal Continental. As asas da fêmea são maiores.

 

 

  1. Borboleta-do-medronheiro (Charaxes jasius)
Foto: Harald Süpfle / Wiki Commons
Foto: Harald Süpfle / Wiki Commons

Trata-se da maior borboleta diurna que ocorre em Portugal, podendo chegar aos 8 cm de envergadura. Tal como o nome comum indica, esta espécie alimenta-se em exclusivo das folhas do medronheiro quando é lagarta, ocorrendo nas regiões onde nasce esta planta.

 

 

  1. Borboleta-da-couve (Pieris brassicae)
Foto: Peter Broster / Wiki Commons
Foto: Peter Broster / Wiki Commons

Ocorre em Portugal Continental, Madeira e Açores. Tal como a almirante-vermelho, pode ser observada todo o ano. Embora se possa encontrar em variados habitats, prefere campos de cultivos e pradarias floridas.

 

 

  1. Azul-comum (Polyommatus icarus)
Foto: Kristian Peters / Wiki Commons
Foto: Kristian Peters / Wiki Commons

É visível em Portugal Continental, entre Março e Outubro. Gosta de prados, jardins, matos e clareiras de florestas. O macho tem as asas azuladas, mas as da fêmea apresentam um tom castanho alaranjado.

 

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Até ao final da semana, a Wilder dá-lhe a conhecer animais e plantas que vai gostar de procurar e identificar durante a iniciativa Pé n’A Terra, quer participe numa das várias acções organizadas (que pode encontrar aqui) ou se preferir partir com família e amigos à aventura.

Aqui, pode conhecer melhor 10 espécies de aves que pode avistar durante um passeio. E neste artigo, aprenda a identificar 10 flores que enchem os jardins e os campos, agora na Primavera.

No final, poderá registar as diferentes espécies que encontrar no site da Biodiversity4All.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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