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borboleta pousada num ramo
Foto: Joana Bougard/Wilder

Expedições naturalistas no Gerês e em Montesinho precisam de si

09.05.2016

Retomar a tradição das expedições entomológicas, em busca de espécies de insectos como borboletas, libélulas e gafanhotos. É este o objectivo da associação Tagis, que está a organizar duas expedições no Norte do país, em Junho e em Julho, no âmbito de uma série de passeios abertos a todos os interessados.

 

A ideia é fazer a inventariação dos insectos que forem encontrados ao longo de três dias de caminhadas, através de percursos pedestres no Parque Nacional Peneda-Gerês e no Parque Natural de Montesinho.

Em Montesinho, a actividade organizada pela Tagis realiza-se entre 24 e 26 de Junho e os participantes vão percorrer três percursos pedestres de pequena rota, um por dia, com partida das aldeias de Montesinho, Vilarinho e Moimenta.

“Montesinho pode ser considerado um local de culto para a observação de borboletas no nosso país. Contêm uma série de espécies que em Portugal só voam neste parque natural, como Lycaena virgaureae, Erebia triaria ou Brenthis ino”, adianta a organização, na página do Facebook da associação.

 

Lycaena virgaureae. Foto: Algiras / Wiki Commons

 

O objectivo é identificar e registar espécies de borboletas, mas também “inventariar e fotografar outros grupos de insetos, com particular destaque para o libélulas, gafanhotos e insetos polinizadores.” No fim de cada dia, está prevista a elaboração de uma lista de espécies.

Já a deslocação ao Parque Nacional Peneda-Gerês está prevista para meados de Julho, entre os dias  15 e 17, dias em que irão ser percorridos os trilhos de Castro Laboreiro, Preguiça e Pitões das Júnias.

“Destaca-se a presença da borboleta Apatura iris, observada apenas no nosso país na zona da Mata da Albergaria, primeiro por Wattison em 1927 e nos anos 80 por Ernestino Maravalhas”, adianta a organização, acrescentando que “Peneda-Gerês é sem dúvida um ‘hotspot’ de borboletas, com grande diversidade de grandes borboletas laranja”.

 

Apatura_iris. Foto: Kristian Peters
Apatura_iris. Foto: Kristian Peters

 

O número máximo de participantes em cada uma das expedições é de 25 pessoas e os preços são “simbólicos”, variando entre 15 e 35 euros para quem estiver presente nos três dias, dependendo da idade.

 

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Se desejar saber mais, pode consultar as informações na agenda da Wilder.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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