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Foto: Joana Bourgard

Espanha está a escolher a Borboleta do Ano 2016

06.01.2016

Os espanhóis já escolheram a Ave do Ano para 2016: é o pardal-comum. Agora são desafiados a escolher a Borboleta do Ano. O objectivo é chamar a atenção dos cidadãos para o valor das borboletas naquele país.

 

A iniciativa surge da Zerynthia, associação espanhola, sem fins lucrativos, que trabalha para proteger as borboletas, tanto diurnas como nocturnas, e os lugares onde vivem.

“Esta é a primeira vez que se realiza em Espanha uma iniciativa como esta”, explicam em comunicado. A votação estará aberta até 24 de Janeiro de 2016.

De entre as milhares de espécies de borboletas que ocorrem em Espanha, a associação selecionou quatro, que estão a votação:

Euchloe bazae: trata-se de um valioso endemismo ibérico restringido às zonas desérticas de los Monegros (Zaragoza-Huesca) e la Hoya de Baza (Granada).

Actias isabellae: é considerada por muitos a borboleta nocturna mais bela da Europa. Os seus parentes mais próximos encontram-se na Ásia e na América do Norte. Aparece no cimo das principais cordilheiras ibéricas e também numa pequena zona dos Alpes.

Lopinga achine: é uma das borboletas mais típicas dos bosques. Em Espanha tem dois núcleos populacionais, um nos Picos de Europa (Astúrias, Cantábria, Leão) e outro na Serra Sálvada (Araba/Álava e Bizkaia, País Basco). Em todo este território apenas foi encontrada em sete pontos.

Satyrium w-album: o seu declínio no Reino Unido chegou a 82% desde 1976 devido a uma doença. A sua distribuição em Espanha é muito reduzida e muitas das suas populações podem ter desaparecido.

[divider type=”thin”]Fique atento.

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea) prepara-se para anunciar em breve a Ave do Ano 2016 para Portugal.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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