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Escolas públicas serão ajudadas a dar aulas naturalistas sobre insectos

06.02.2017

Apesar de serem muitos, conhecem-se hoje mais de 20.000 espécies só em Portugal, os insectos normalmente não entram nas salas de aula dos ensinos básico e secundário. Agora, as escolas públicas são desafiadas a integrá-los nos programas curriculares, com a ajuda de um jogo.

 

A iniciativa “Vamos jogar aos Insectos em Ordem das Escolas?”, do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, tem para oferecer às escolas públicas 200 exemplares do jogo “Insetos em Ordem”.

Este é um jogo de tabuleiro, para um máximo de quatro jogadores ou equipas, dedicado à diversidade e conservação de insectos, especialmente pensado para os programas curriculares do 5º, 8º e 11º ano.

“Apesar da sua importância ecológica, (os insectos) são um grupo tradicionalmente esquecido nos programas curriculares de Ciências da Natureza e Biologia do ensino básico e secundário”, segundo uma nota de imprensa do cE3c, enviada hoje à revista Wilder.

Esta iniciativa de divulgação científica, cujo objectivo é “contribuir para a transmissão do conhecimento e aprendizagem de forma lúdica e divertida”, põe os alunos a aprender a responder a questões como o que são os insectos, como se identificam, quais os serviços de ecossistemas que desempenham e como é o ciclo de vida de algumas das espécies mais comuns que se podem observar em Portugal.

O desafio lançado aos professores das escolas públicas é que joguem ao “Insetos em Ordem” com os seus alunos em aulas curriculares de 90 minutos.

Segundo o cE3c, estão disponíveis 200 jogos, apenas com o custo do envio do material por correio (quatro exemplares para cada escola).

Os jogos – da autoria das investigadoras Patrícia Garcia-Pereira (cE3c) e Eva Monteiro (Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal), a partir da exposição itinerante “Insetos em Ordem” – serão enviados para as escolas dos primeiros professores a inscreverem-se na iniciativa.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Se é professor de uma escola pública, pode inscrever-se aqui para tornar as suas aulas mais naturalistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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