O projecto para incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade em terrenos públicos e baldios ofereceu, desde 2010, mais de 291.000 plantas de 59 espécies, revela a Quercus.
No balanço feito no final da 5ª edição do projecto Floresta Comum, os responsáveis concluem que há cada vez mais municípios a pedir plantas autóctones – como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros – para plantar em terrenos públicos e comunitários (baldios). “Tanto a solicitação como a oferta de plantas tem aumentado”, escreveu ontem a Quercus em comunicado.
No ano passado foram pedidas quase 260 mil plantas em 64 candidaturas. Ainda assim, os quatro viveiros do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) não têm mãos a medir com tantos pedidos. Por isso foram distribuídas apenas 121.560 plantas, que foram plantadas entre Outubro de 2014 e Março de 2015.
“Tem sido grande o envolvimento da administração local nestas acções de re(arborização), através dos municípios e juntas de freguesia”, acrescenta a organização.
Segundo a Quercus, “as vantagens em melhorar a composição da floresta portuguesa com espécies autóctones são evidentes”. “Esta floresta está mais adaptada às condições climáticas portuguesas, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa. Contribui ainda para a mitigação das alterações climáticas e é mais resiliente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais”.
Para o futuro, o projeto Floresta Comum está a pensar em constituir uma bolsa de plantas para terrenos privados.
O próximo período de candidaturas decorre de 22 de Junho até 18 de Setembro de 2015 e conta com uma disponibilidade prevista de quase 150 mil plantas de 48 espécies para a campanha de (re)arborização de Outubro de 2015 a Fevereiro de 2016. O Regulamento e os formulários de candidatura estão disponíveis no site da Quercus através do separador Projetos – Floresta Comum.
O Floresta Comum é uma parceria entre a Quercu, o ICNF, a ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses e a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.