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Cinco países africanos aceitam combater destruição das florestas

10.09.2015

Moçambique, Quénia, Tanzânia, Uganda e Madagáscar assinaram ontem uma declaração histórica onde aceitam trabalhar em conjunto para combater o comércio ilegal de madeira e travar a destruição das florestas.

 

A declaração foi assinada em Durban, na África do Sul, à margem do XIV Congresso Mundial das Florestas.

Madagáscar, Moçambique e os países centro-africanos são, normalmente, a fonte da madeira cortada ilegalmente; o Uganda, Quénia e Tanzânia são grandes pontos de passagem através dos quais a madeira é contrabandeada para fora do continente africano. Moçambique é tanto fonte quanto país de trânsito.

“Declaramos que precisamos de uma estratégia unificada para ajudar os países das regiões Sul e Este de África a combater o comércio ilegal de madeira”, escrevem os signatários da declaração.

O texto apela aos Estados membros para que criem sistemas de monitorização e de registo das suas indústrias madeireiras e que as autoridades colaborem na troca de informações.

A organização WWF saúda a declaração. “Esta declaração surge numa altura crucial. O comércio ilegal de madeira está em expansão e a um ritmo alarmante. Este novo acordo vai aumentar muito os esforços para reduzir esse comércio a nível regional”, disse Geofrey Mwanjela, responsável da WWF. Segundo ele, “os actuais mecanismos que controlam a ilegalidade no sector são enfraquecidos pela inadequada colaboração entre as agências florestais e alfandegárias na região”.

Segundo a WWF, Moçambique perdeu 2.2 milhões de hectares de florestas entre 2000 e 2012; a Tanzânia perdeu dois milhões e a Zâmbia 1.3 milhões.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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