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Serra do Açor recebe 10.000 árvores oferecidas pelos portugueses

22.01.2018

Em Fevereiro, a Quercus vai plantar 10.000 freixos, castanheiros, salgueiros e outras árvores na Serra do Açor, como resultado da campanha solidária “Hoje ofereci uma árvore”, promovida no Natal pelo El Corte Inglés.

 

De acordo com a Quercus, a Serra do Açor foi “destruída quase na totalidade pelos incêndios deste Verão”. Pelo menos 10 hectares vão receber árvores e arbustos autóctones da floresta portuguesa, como azereiro, azevinho, acer, freixo, tramazeira, castanheiro, cerejeira e salgueiro.

As árvores serão plantadas a partir de 21 de Fevereiro na freguesia de Pomares, (distrito de Coimbra), graças aos 20 mil euros angariados durante a campanha solidária realizada durante a época do Natal, entre 24 de Novembro e 6 de Janeiro. Nesse período, os clientes do El Corte Inglés, funcionários e a própria empresa participaram na campanha através da aquisição de marcadores de livros, em papel reciclado, criados para o efeito. Cada marcador tinha um custo de 2 euros e representava a plantação de uma árvore.

Os fundos recolhidos destinam-se ao projeto “Criar Bosques” que, por sua vez, tem como objetivo criar e cuidar de bosques de espécies autóctones, com árvores e arbustos originais da flora portuguesa e o valor foi entregue na totalidade à Quercus.

A reflorestação da Serra do Açor começa a 21 de Fevereiro e precisa de voluntários. Todos os que quiserem participar, terão de fazer a sua inscrição para [email protected] com assunto: hoje ofereci uma árvore.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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