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Azinheira milenar de Lecina. Foto: Município de Lecina

Procuram-se candidatas para Árvore Portuguesa do Ano 2022

09.11.2021

Conhece uma árvore especial, com uma história impressionante? Tem até 16 de Novembro para a candidatar à Árvore do Ano 2022, iniciativa que celebra a importância das árvores, em especial no combate às alterações climáticas.

As candidaturas para a Árvore de 2022 estão abertas de 29 de Outubro a 16 de Novembro de 2021, nesta que é a 4ª edição da iniciativa nacional, promovida pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC).

“Num momento em que o papel das florestas é de particular importância no combate às alterações climáticas, o concurso da Árvore do Ano pretende mais uma vez celebrar a história de uma árvore especial que pode ser escolhida por si”, explica a UNAC em comunicado.

“As árvores são responsáveis pela produção de matérias primas indispensáveis à nossa vivência, como a madeira, a cortiça, o pinhão ou a bolota, suportando outras espécies de animais e plantas, garantindo ainda um conjunto de serviços de ecossistema relevantes para a Sociedade – sequestro de carbono, biodiversidade, conservação do solo e da água, paisagem e cultura.”

O objectivo deste concurso, que actualmente junta 16 países e é organizado pela Environmental Partnership Association, “é destacar a importância das árvores na herança cultural e ambiental da Europa e também dinamizar a ligação da sociedade às árvores”.

Cada um desses 16 países escolhe a sua árvore, que depois vai a concurso para ser escolhida a Árvore Europeia do Ano.

Em 2018, no primeiro ano de participação no concurso europeu, Portugal arrecadou o primeiro lugar com o “Sobreiro Assobiador”. Seguiu-se um terceiro lugar na edição de 2019, com a “Azinheira Secular do Monte do Barbeiro”, e a sexta posição em 2020, com o “Castanheiro de Vales”. Na última edição o Plátano do Rossio alcançou o 4º lugar.

A Árvore Portuguesa do Ano 2021 foi o Plátano do Rossio, ex-libris da cidade de Portalegre. Plantado em 1838, o Plátano do Rossio (Platanus hybrida Brot) é hoje o maior plátano da Península Ibérica.

“O propósito da Árvore Europeia do Ano é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural, que merece toda a nossa atenção e protecção. Ao contrário de outros concursos, a Árvore Europeia do Ano não se foca apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas”, afirmam os organizadores.

O Concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011, celebrando este ano a sua 11ª edição. Trata-se de uma iniciativa que todos os anos consciencializa mais 200 mil pessoas com a natureza, promovendo o cuidado e a preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural.

Na edição anterior, foram registados 604 mil votos, tendo vencido a Azinheira Milenar de Lecina, eleita por Espanha.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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