O projecto ShareFOREST, liderado pela Universidade de Aveiro, foi lançado a 1 de Março para melhorar a gestão e protecção das Matas do Litoral, devastadas pelos incêndios de 2017.
A equipa de investigadores – liderada por Elisabete Figueiredo, do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro, e por Eduarda Fernandes, do Instituto Politécnico de Leiria – está a trabalhar numa nova metodologia participativa.
O objectivo é “promover a codecisão na gestão e ordenamento das florestas, reforçando os princípios de governança territorial, com a missão última de prevenir futuros fogos”, segundo um comunicado enviado hoje à Wilder.
A ideia do ShareFOREST surgiu na sequência dos incêndios de 2017 e do debate sobre as futuras decisões e acções de recuperação das florestas portuguesas.
O projecto assume como principal hipótese de investigação que “a participação do público e dos atores sociais nas decisões que afetam as florestas pode contribuir para melhores decisões, reduzir conflitos, aumentar a confiança e facilitar a aprendizagem entre os diversos atores envolvidos”.
Serão usados casos de estudo das Matas do Litoral mas os resultados desta investigação “serão úteis para a gestão participada em outras áreas públicas, bem como em áreas privadas geridas de forma agrupada (e.g. Zonas de Intervenção Florestal, Entidades de Gestão Florestal e Unidades de Gestão Florestal)”.
O projeto ShareFOREST, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), será acompanhado por um conselho consultivo com representantes de entidades governamentais e não-governamentais especialistas na área das florestas e do fogo.
Nele participa ainda a organização não-governamental ambiental OIKOS.