Uma das atracções turísticas mais fotografadas da Europa, as letras gigantes “Iamsterdam” em frente ao Rijksmuseum, transformou-se ontem em “Iamazonia”, pela Greenpeace.
A réplica, com 22 metros de comprimento por três de altura quer chamar a atenção para um marco vital no planeta e que está a desaparecer: a floresta tropical da Amazónia.
“É só quando algo desaparece que nos apercebemos o quanto sentimos a sua falta”, comentou, em comunicado, Sigrid Deters, especialista da Greenpeace para as florestas e biodiversidade.
As icónicas letras “Iamsterdam”, instaladas em frente àquele museu em 2006, tinham sido retiradas do local em Dezembro de 2018 por decisão da câmara de Amesterdão. A razão é que estariam a encorajar um turismo de massas e a atrair uma multidão demasiado grande para o espaço limitado em causa.
Agora, o local voltou a ter as letras gigantes, ainda que alteradas. Com esta iniciativa, a organização ecologista quer pedir a protecção urgente da maior floresta tropical que resta no planeta e enviar uma mensagem de solidariedade para com os povos indígenas que a tentam proteger contra a desflorestação.
“Somos todos Amazónia. Espero que as pessoas e os líderes de todo o mundo pensem na possibilidade de perdermos o que temos de mais querido e que tomem medidas urgentes”, disse Danicley de Aguiar, da Greenpeace Brasil.
Segundo este especialista, a desflorestação da floresta da Amazónia terá “impactos catastróficos nas alterações climáticas, não só no Brasil mas em todo o mundo”. “A crise climática é a maior emergência na história da Humanidade e os projectos que autorizam o avanço da exploração madeireira na Amazónia ameaçam os povos indígenas que lá vivem e são um duro golpe na esperança de manter o aumento da temperatura média do planeta nos 1.5ºC”.
A Greenpeace recorda que o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro pretende abrir a Amazónia à exploração madeireira. Para tentar proteger a floresta, a Greenpeace lançou uma petição como parte da campanha All eyes on the Amazon. Actualmente estão a decorrer acções para travar o abate ilegal de árvores, bem como operações de extracção de minérios e petróleo ilegais e a expansão da agricultura industrial e de criação de gado.