Em oito anos, o projecto FUTURO – projeto das 100 mil árvores na Área Metropolitana do Porto plantou 106 mil árvores nativas em 174 hectares, com a ajuda de mais de 16 mil voluntários. O livro dedicado ao projecto foi apresentado esta semana na Universidade Católica do Porto.
O livro Oito anos e 100 mil árvores nativas depois conta a história do FUTURO e foi apresentado nesta quarta-feira no campus Foz da Católica do Porto.
Este projecto de reflorestação, com as suas 106 mil árvores nativas – como carvalhos, sobreiros, medronheiros e castanheiros -, potenciou a eliminação de 55 toneladas de poluentes da atmosfera por ano, segundo um comunicado enviado à Wilder.
Além disso ajudou a requalificar cerca de 50 áreas de interesse turístico e de lazer, nos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, tendo um “real impacto na sociedade”, nas palavras de Isabel Braga da Cruz, presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa. “O projeto das 100 mil árvores contribuiu para a sustentabilidade ambiental e respetivo impacto na saúde e bem-estar geral.”
O projecto criou corredores de floresta nativa em terrenos outrora abandonados, queimados ou invadidos por exóticas e procurou mudar a mancha florestal da Área Metropolitana do Porto. Hoje tem menos acácias e eucaliptos e mais carvalhos, sobreiros, castanheiros, pilriteiros, medronheiros e bétulas.
Tudo começou em 2011. Desde então foram plantadas 106 mil árvores e arbustos em municípios como Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila do Conde. Para ajudar esta nova floresta a crescer, o projecto tem a funcionar desde 2014 um viveiro com mais de 20 espécies, que recebe investimento do município do Porto.
Marta Pinto, coordenadora de um projeto que conquistou quatro prémios nacionais e internacionais, realçou que, “passo-a-passo, o FUTURO, inicialmente frágil como uma semente, cresceu e ultrapassou a meta de plantar 100 mil árvores nativas na região”.
De acordo com Marta Pinto, a coordenadora do Grupo de Estudos Ambientais da Católica no Porto, o sucesso da iniciativa deveu-se a “uma verdadeira sinergia metropolitana, que devolveu resultados muito positivos na gestão do território, da paisagem, e da cidadania”.
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