Objetivo é ajudar ao desenvolvimento bem-sucedido deste jovem abutre, evitando também que se habitue aos humanos, informou o Zoo do Bronx.
A técnica de utilizar um fantoche de mão que imita os progenitores, para alimentar crias com pouco tempo de vida, foi desenvolvida há mais de 40 anos.
Esta cria de urubu-rei (Sarcoramphus papa), cujo sexo está ainda por determinar, é valiosa para os conservacionistas que trabalham neste jardim zoológico porque o seu pai teve até hoje apenas um outro descendente que ainda permanece com vida. Nascida a 25 de fevereiro, esta é também a primeira ave da espécie nascida no Zoo do Bronx desde os anos 1990.
“Nesta fase do desenvolvimento, o nosso pessoal está a alimentar a cria com o fantoche feito no zoológico uma vez por dia e estamos a trabalhar para garantir que não se habitua ao contacto humano”, afirmou o curador de ornitologia do zoo, Chuck Cerbini, citado numa nota de imprensa.
“Num recinto separado, adjacente ao da cria, está um urubu-rei adulto que permite que esta fique exposta ao comportamento apropriado dos urubus-reis”, continuou o mesmo responsável. “Esse é outro passo para assegurar que esta cria cresce até se tornar uma ave adulta saudável e que socializa de forma adequada à sua espécie.”
O urubu-rei é um abutre presente na América, desde o sul do México ao norte da Argentina e Uruguai, considerado atualmente em situação Pouco Preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Todavia, os números desta ave necrófaga estão a descer nalgumas partes do território que habita, devido à destruição do seu habitat e à caça furtiva.
Os pequenos urubus-reis nascem com a plumagem do corpo toda branca. Começam a ganhar as cores de juvenil quando chegam ao quarto mês de idade. No entanto, apenas com quatro anos é que atingem a plumagem completa de uma ave adulta.
No Zoo do Bronx, a técnica de utilizar um fantoche para alimentar uma cria de ave foi utilizada pela primeira vez em 1980, quando três crias de condor-dos-andes foram criadas dessa forma. Mais tarde foram transportadas para o Noroeste do Peru, onde foram libertadas na natureza.
Esta mesma técnica tem sido utilizada por diversos zoos para auxiliar a criação em cativeiro do condor-da-califórnia, uma espécie Criticamente em Perigo de extinção, que está a ser gradualmente reintroduzida na área de distribuição histórica.