O incêndio que deflagrou a 17 de Junho em Pedrógão Grande chegou durante a noite a esta Quinta em Figueiró dos Vinhos (distrito de Leiria). A proprietária diz que ardeu tudo em redor, menos as casas, protegidas por uma barreira de carvalhos e outras árvores de espécies nativas.
Quase uma semana depois do incêndio, os terrenos da Quinta da Fonte estão negros. Do solo queimado erguem-se os troncos destruídos dos eucaliptos.
Tudo começou durante a noite de sábado passado. “Seriam cerca das três da manhã quando o fogo chegou”, contou à Wilder Liedewij Schieving, holandesa proprietária deste agro-turismo há já 10 anos.
Liedewij estava dentro de casa com cinco hóspedes e um voluntário mas conseguiram sair em segurança.
Depois da passagem do fogo, as fotografias que Liedewij partilhou no Facebook têm chamado a atenção.
“Tudo o que era eucalipto ardeu mas os sabugueiros, carvalhos, figueiras e outras árvores nativas sobreviveram”, acrescentou.
Na sua opinião, estas árvores formaram uma barreira que protegeu a Quinta.
Agora, diz-nos, é tempo de recuperar o que ardeu. Uma das muitas tarefas será a plantação de mais árvores. “Quero plantar, claro, mas não sei bem que árvores devo plantar e quais os melhores locais para o fazer. Não tenho esse conhecimento e preciso de ajuda.”
O incêndio de Pedrógão Grande fez, pelo menos, 64 mortos, mais de 250 feridos e destruiu cerca de 30.000 hectares de floresta.