A azinheira de copa grandiosa, com 150 anos de idade, no concelho de Mértola, venceu o terceiro lugar no concurso European Tree of the Year 2019, foi revelado esta noite em Bruxelas.
A azinheira portuguesa, que vive no Monte Barbeiro, no Alentejo, obteve 32.630 votos no concurso europeu.
Em primeiro lugar, com 45.132 votos, ficou a amendoeira de Snowy Hill em Pécs, na Hungria.
Com 135 anos, a amendoeira que cresce em frente à Igreja da Nossa Senhora das Neves em Pécs é um símbolo húngaro da eterna renovação. Erguendo-se num solo rochoso, desafiando os ventos, esta árvore antiga já há 100 anos merecia a devoção da população.
Esta foi a quarta vez que a Hungria venceu este concurso, que já teve nove edições.
Em segundo lugar ficou o carvalho de Abramtsevo, na Federação Russa, tendo conseguido 39.538 votos.
A azinheira do Monte Barbeiro tinha sido a árvore escolhida no concurso nacional, em Novembro passado.
“Sentarmo-nos debaixo da sua copa faz com que o calor abrasador do Alentejo nos pareça suportável e nos permita contemplar a vastidão da planície envolvente, respirando a sua tranquilidade”, diz-se sobre esta azinheira do Monte do Barbeiro. A organização do concurso foi entregue à Unac-União da Floresta Mediterrânica.
Trata-se de “uma árvore que se destaca pelas suas grandiosas dimensões comparativamente aos exemplares da sua espécie, uma árvore enraizada nas vidas e no trabalho das pessoas e da comunidade que a rodeia no Alentejo”, acrescentam os organizadores portugueses do concurso.
“O Homem venera as árvores desde o princípio dos tempos. Com este concurso, continuamos a celebrar as árvores que não só nos ajudam a compensar as nossas emissões de CO2, mas que também constituem um símbolo de sustentabilidade e de relações emocionais entre o Homem e a Natureza” disse Pavel Poc Membro do Parlamento Europeu e organizador da cerimónia de Entrega de Prémios.
Estiveram a concurso 15 árvores e foram contabilizados 311.772 votos durante o período de votação. Este número “mostra que os europeus estão muito preocupados com a diversidade do seu património natural e com a sua protecção”, comentou Josef Jary, da Environmental Partnership Association, entidade que organizou a cerimónia desta noite.
“O propósito da Árvore Europeia do Ano é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural, que merece toda a nossa atenção e protecção. Ao contrário de outros concursos, a Árvore Europeia do Ano não se foca apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas”, afirmam os organizadores.
Na edição de 2018, foi uma árvore portuguesa que venceu o concurso para Árvore Europeia do Ano, conhecido como o Sobreiro Assobiador de Águas de Moura.
[divider type=”thick”]Saiba mais.
Descubra aqui as restantes árvores que estiveram a concurso.