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Foto: Helena Geraldes/Wilder

Área ardida este ano é a mais baixa da última década

27.06.2016

De 1 de Janeiro a 15 de Junho deste ano as chamas consumiram um total de 1.245 hectares de florestas e matos, o valor mais baixo desde 2006, segundo o primeiro Relatório Provisório de Incêndios Florestais de 2016.

 

Este ano arderam 1.245 hectares, a maioria matos (896 hectares), segundo o relatório do Departamento de Gestão de Áreas Públicas e de Protecção Florestal do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas). Até 15 de Junho estavam registadas 1.243 ocorrências (228 incêndios florestais e 1.015 fogachos).

Até à data houve menos 74% de ocorrências e ardeu menos 88% em relação à média de 2006-2015 (10.377 hectares de área ardida e 4.748 ocorrências). No ano passado por esta altura já tinham ardido 15.334 hectares.

Os distritos com maior número de ocorrências são o Porto (262), Braga (124) e Viana do Castelo (117). O distrito com maior área ardida é Braga (328 hectares), muito por causa do incêndio que começou a 2 de Maio em Cabeceiras de Basto e que consumiu 106 hectares.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Portugal continental, Janeiro e Fevereiro foram chuvosos e a Primavera foi fria e extremamente chuvosa com uma temperatura média de 13,11ºC, abaixo do normal. “A Primavera de 2016 foi, pelos valores atingidos, a mais chuvosa dos últimos 15 anos”, segundo o mesmo relatório.

No final desta semana começa o período crítico no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios, que se estende de 1 de Julho a 30 de Setembro.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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