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Rouxinol. Foto: Jacob Spinks/Wiki Commons

Que espécie é esta: rouxinol

17.06.2020

O leitor Rodrigo Rosa gravou o som de uma ave durante a noite, no final de Abril, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

 

“Nestes dias reparei num estranho canto de um pássaro durante a noite, intriga-me que mais parece um pássaro diurno e desconheço nocturnos que possam ser semelhantes”, explicou Rodrigo Rosa, numa mensagem enviada à Wilder.

“Vivo junto à Serra dos Candeeiros [na região Centro] e parece que o som vem de uma zona de mato junto à minha casa”, acrescentou o leitor, evocando “o belo canto que ecoa bastante na solidão da noite nestes dias”.

Ouça aqui o som enviado por Rodrigo Rosa, gravado em vídeo.

 

Foto: Jacob Spinks/Wiki Commons

 

A espécie que escutou é um rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

O rouxinol identifica-se pela plumagem castanha sem marcas e a cauda ligeiramente arruivada.

Segundo o portal Aves de Portugal, “nas noites de Primavera, o canto interminável do rouxinol, faz-se ouvir durante toda a noite”. Canta de dia e de noite.

É uma espécie estival. O canto destas aves pode ouvir-se a partir de finais de Março ou princípios de Abril, mas em Junho começa a calar-se e em Agosto abala com destino a África.

Os rouxinóis são bastante frequente no território nacional, mas a sua abundância varia conforme as regiões. É mais abundante no Interior Norte e Centro, no Litoral Sul e em certas zonas do Algarve.

Normalmente, esta pequena ave esconde-se no meio de vegetação densa e raramente pousa à vista.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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