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Cinco espécies que encontramos na zona da maré

27.02.2015

Marília Santos, ilustradora científica, tem em mãos um ambicioso projecto (sobre o qual vamos falar dentro de poucos dias) que pretende divulgar as muitas espécies que habitam na zona da maré. Para já, Marília sugere-nos cinco espécies que ilustrou e que todos podem ver num passeio pela costa portuguesa, em especial nas áreas mais rochosas, agora que ainda poucas pessoas visitam as praias.

 

1. Gibbula umbilicalis – A Gibbula umbilicalis (na ilustração acima) é um dos gastrópodes mais comuns da costa rochosa em Portugal. Esta espécie pode ser encontrada no infra e mediolitoral (zona mais baixa e zona média da maré) e é uma das três gibbulas identificadas na costa portuguesa. Atenção ao procurá-la porque observada a olho nú, é na realidade muito pequena.

Palaemon_elegans (4)

2. Palaemon elegans – Podemos encontrar facilmente este pequenino camarão em poças do infra e médio litoral (zona mais baixa e zona média da maré). As cores vibrantes destacam-se no corpo transparente.

Pachygrapsus_marmoratus (4)

 

3. Pachygrapsus marmoratus –  Aqui está um dos caranguejos mais comuns da costa rochosa portuguesa. Pode ser castanho, verde ou mesmo preto, no entanto o padrão que apresenta é característico e está sempre presente.

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4. Trivia monacha – Um gastrópode sublime que obriga a trabalho extra na sua procura, mas vale a pena todo o esforço. Pode apresentar um tom mais acastanhado ou mais rosado. No entanto, apresenta sempre marcas mais escuras características da espécie.

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5. Pollicipes pollicipes – Mais conhecido à mesa como Percebes, este cirrípede é também muito comum na nossa costa. Podemos encontrá-lo sobretudo em zonas expostas à vaga e em grandes quantidades, sempre agarrado às rochas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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