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Observação de aves. Foto: SPEA

Birdwatching: Festival de Observação de Aves de Sagres é já neste fim-de-semana

02.10.2024

A 15ª edição do Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza, que este ano tem como cabeça de cartaz a águia-calçada, decorre de 3 a 6 de Outubro em Sagres. Ainda há actividades para quem quiser participar e apreciar de mais perto a migração de outono das aves.

Até dia 6 de outubro centenas de pessoas rumarão a Sagres para descobrir a natureza da região e, em particular, a migração outonal das aves.    

E se para muitas actividades era preciso inscrição, para muitas outras é só aparecer.

Nesta 15ª edição, o programa do Festival inclui mais de 270 atividades, muitas delas gratuitas, desde saídas de barco para observar aves, golfinhos, grutas e falésias, até workshops de fotografia, pintura e ilustração, passando por passeios de caiaque, bicicleta e a pé, sem descurar os jogos e desafios para os mais novos. O programa está disponível online em www.birdwatchingsagres.com e, embora haja já atividades esgotadas, ainda há muito por onde escolher.  

As inscrições online já encerraram. Mas ainda se pode inscrever no Forte do Beliche (Sagres), no local do Festival.

Entre as actividades onde se pode inscrever no local, estão saídas de campo para ver aves planadoras e aves marinhas (que passam no Cabo de São Vicente), para conhecer a fauna e flora na área florestal de Vale Santo e para observar algumas das aves que nesta época do ano migram na zona da Ponta da Atalaia.

Também ainda poderá participar em jogos de natureza e ver a exposição fotográfica “Na Mira do Voo – Retratos da Avifauna Portuguesa”. Esta é uma mostra de 45 fotografias do fotógrafo António Granado que estará parente no Centro de Interpretação de Vila do Bispo, espaço de exposições temporárias do Museu de Vila do Bispo – Celeiro da História, entre os dias 2 e 30 de outubro de 2024.

Para participar, basta ir ao Forte do Beliche, em Sagres, inscrever-se nas atividades pretendidas e obter a pulseira de participante que, além da entrada nas atividades, dá direito a entrada grátis na Fortaleza de Sagres e no Museu de Vila do Bispo— Celeiro da História, além de descontos nos parceiros como restaurantes e alojamentos. A decorrer um pouco por toda a península de Sagres, o programa do Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza convida ainda os participantes a conhecerem o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.  O evento organizado pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Associação Almargem é patrocinado pela Fundação Sousa Cintra, pela Nadara e pelo Intermarché de Sagres.  

Este ano a cabeça de cartaz do Festival é a águia-calçada, cujo nome vem das penas que lhe cobrem as patas como se fossem calças. Esta ave de rapina de tamanho médio vê-se sobretudo em voo, e identifica-se pelas “luzes de aterragem”: manchas brancas dos lados do pescoço, voltadas para a frente, como as luzes de aterragem de um avião.

Um aspeto curioso desta espécie é que surge em duas formas: clara e escura, consoante a cor do peito e da parte inferior das asas.

Espécie migradora, visita o nosso país sobretudo na primavera e verão, embora alguns indivíduos fiquem por cá no inverno. Durante a migração, surgem frequentemente junto à costa, e um dos melhores locais para as observar é na região de Sagres onde, quando o vento está de leste, se chegam a juntar às dezenas.

Pode acompanhar o Festival em www.birdwatchingsagres.com, no Facebook e no Instagram.    


Saiba mais.

Conheça sete aves que pode ver em Sagres nas migrações.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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