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Foto: Câmara Municipal de Setúbal

População de Setúbal planta mais de 250 árvores autóctones

30.01.2024

Mais de 250 árvores e arbustos de espécies características da região – como carvalhos, murtas, sabugueiros e gilbardeiras – foram plantados a 20 de Janeiro em Brejos de Azeitão, Setúbal.

Numa iniciativa organizada pela Câmara Municipal, em parceria com a Junta de Freguesia de Azeitão e o grupo de cidadãos Azeitão Eco-Consciente, foram plantadas gilbardeiras, murtas, sabugueiros, alfarrobeiras, carvalhos e pinheiros, entre outras espécies autóctones, num terreno descaracterizado junto do supermercado Continente.

“São tudo espécies autóctones que foram colocadas aqui no âmbito do projeto Floresta Comum, que a Câmara Municipal tem em parceria com o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas)”, explicou a vice-presidente da Câmara Municipal, Carla Guerreiro. “A colaboração da população é inestimável e por isso conseguimos em menos de uma hora fazer o trabalho que está aqui à vista”, disse Carla Guerreiro citada num comunicado da autarquia.

A vice-presidente da Câmara Municipal previu a realização de “muitas mais” acções do género no concelho, “pelo ambiente e por Setúbal”.

A presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, considerou que a plantação de espécies autóctones portuguesas é “determinante para a arborização” da freguesia, sublinhando que esta foi a terceira iniciativa dinamizada em conjunto naquele território.

“Que todos juntos possamos ter cada vez mais iniciativas destas e ir a pouco e pouco arborizando a nossa freguesia”, afirmou.

José Figueira, do grupo de cidadãos Azeitão Eco-Consciente, lembrou que a plantação de árvores autóctones em espaços urbanos tem como objetivo combater as alterações climáticas e fomentar a biodiversidade, salientando que “a única maneira de fazer descer a temperatura” nas localidades “é plantar árvores, de preferência autóctones”.

A acção inseriu-se na estratégia municipal de qualificação do território e de combate às alterações climáticas, através do desenvolvimento de medidas de descarbonização e da procura das melhores soluções sustentáveis e de criação de espaços verdes qualificados de proximidade.

Decorreu no âmbito do Programa Floresta Comum, que que tem como objetivo fomentar e incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos índices de biodiversidade e de produção de serviços do ecossistema.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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