Mochos, águias, abutres mas também rouxinóis, cucos, pica-paus e andorinhas fazem parte da lista de 235 espécies de aves que Portugal registou no Global Big Day, a 5 de Maio. Em todo o mundo, os apaixonados por aves bateram um novo recorde, ao registar um total de 6.904 espécies.
O Global Big Day, que aconteceu a 5 de Maio, foi um dia dedicado à observação de aves organizado pelo portal eBird. O desafio era que os cidadãos participassem numa contagem mundial de aves, durante um só dia.
No ano passado participaram 160 países e o resultado final foi 6.635 espécies de aves. Este ano bateu-se um novo recorde, com 170 países a registarem 6.904 espécies, o que corresponde a dois terços das espécies conhecidas até ao dia de hoje.
O país que mais espécies registou foi a Colômbia, com 1.548 espécies de aves, seguido do Peru (1.491 espécies), Equador (1.155), Brasil (1.038) e Venezuela (759).
Nesta lista mundial, Espanha surge como o país europeu que conseguiu mais espécies, 302. Portugal surge em segundo lugar com 235, seguido do Reino Unido (213), Alemanha (206) e França (203).
O contributo português foi conseguido graças a 58 observadores de aves, 50 homens e oito mulheres.
Estes cidadãos ornitólogos visitaram lagoas, serras, áreas protegidas, ribeiras e riachos, praias, planícies, rios, albufeiras, salinas mas também jardins e parques urbanos.
Os distritos com mais aves registadas são Santarém e Évora (ambos com 133 espécies cada), Faro (130), Setúbal (119), Lisboa (115), Aveiro (114), Beja (103), Leiria (99), Guarda (73) e Vila Real (72).
Das 235 espécies registadas, mais 21 do que na edição de 2017, as 10 mais observadas foram a gralha-de-bico-vermelho (30, vistas em Porto de Mós, Leiria), o flamingo-comum (26, na Ria de Aveiro), a garça-vaqueira (25), a andorinha-dos-beirais (25), o borrelho-grande-de-coleira (20), a cagarra-grande (20), o estorninho-malhado (16), o abelharuco (16), o bico-de-lacre (15) e o pombo-doméstico (15).
Destaque ainda para uma cegonha-preta em São José das Matas (Mação, Santarém), seis grifos em Pego da Rainha (Mação, Santarém), três britangos, um abutre-preto e um milhafre-real em Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), um bufo-real numa antiga pedreira em Montemor-o-Novo (Évora) e uma águia-imperial-ibérica em Vale Gonçalinho (Castro Verde, Beja).
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