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Ouriço. Foto: Alexandra München/Pixabay

Qual a diferença entre ouriço-cacheiro e porco-espinho?

10.09.2020

O leitor Francisco Caselli perguntou qual a diferença entre um ouriço-cacheiro e um porco-espinho. O investigador Francisco Álvares responde.

Francisco Caselli encontrou um ouriço-cacheiro a 2 e 3 de Setembro no Algarve e ficou curioso: qual a diferença entre um ouriço-cacheiro e um porco-espinho?

Ouriço. Foto: Alexandra München/Pixabay

“Por vezes, o ouriço-cacheiro europeu (Erinaceus europaeus) é vulgarmente denominado porco-espinho”, explica Francisco Álvares, investigador do CIBIO-InBIO.

Isto pode causar confusão pois “o termo porco-espinho é também utilizado para várias outras espécies de mamíferos roedores, nomeadamente  espécies do género Hystrix sp. que são nativas da África e da Ásia”, como o porco-espinho-de-crista (Hystrix cristata).

Porco-espinho (Hystrix sp.) no Jardim Zoológico de Berlim. Foto: Eloquence/WikiCommons

“O termo porco-espinho (ou ouriço-cacheiro) é também utilizado para outros roedores existentes no continente Americano, como o Coendou sp. ou o Erethizon sp.” Como o porco-espinho-brasileiro (Coendou prehensilis) ou o porco-espinho-norte-americano (Erethizon dorsatum).

Coendou sp. Foto: Dario Sanches/WikiCommons

“Todas estas espécies são bastante distintas em termos evolutivos e morfológicos, apesar de todas apresentarem os pêlos dorsais transformados em espinhos curtos e pontiagudos para se poderem defender dos predadores (o que justifica a sua denominação comum como ‘porco-espinho'”. 


Agora é a sua vez.

Quer ajudar os ouriços-cacheiros que vivem nas cidades? Saiba como aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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