Como são os ovos do maçarico-das-rochas?

26.03.2025

Nesta primavera, a Wilder lança a nova série, “Como são?” que, todos os dias, lhe fala dos ovos de algumas das aves que nesta estação do ano nidificam no nosso país. As belíssimas ilustrações são de Lúcia Antunes, professora e ilustradora do Grupo do Risco.

O maçarico-das-rochas (Actitis hypoleucos) é uma pequena limícola castanha e branca relativamente comum em Portugal e que se distribui um pouco por todo o país.

Maçarico-das-rochas. Foto: Sharp Photography/WikiCommons

Na época de nidificação, esta ave prefere o interior do país, principalmente as margens de rios e ribeiras com bancos de cascalho ou areia.

A época de reprodução do maçarico-das-rochas acontece, principalmente, entre Maio e Junho.

A fêmea põe, em média, quatro ovos em ninhos construídos perto da água e escondidos na vegetação.

Ovo de maçarico-das-rochas. Ilustração: Lúcia Antunes

O período de incubação dura 21 ou 22 dias. As criam começam a voar com cerca de 26 a 28 dias de idade, segundo o livro “Aves de Portugal – Ornitologia do Território Continental”.

Os maçaricos-das-rochas têm apenas uma ninhada por ano.

Ovo de maçarico-das-rochas. Ilustração: Lúcia Antunes

Em Portugal, a população reprodutora é classificada como Vulnerável pela Lista Vermelha das Aves. Estima-se que existam entre 500 e 1000 casais no nosso país, segundo o III Atlas das Aves Nidificantes de Portugal.


Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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