Como são os ovos da codorniz?

01.04.2025

Nesta primavera, a Wilder publica a série, “Como são?” que, todos os dias, lhe fala dos ovos de algumas das aves que nesta estação do ano nidificam no nosso país. As belíssimas ilustrações são de Lúcia Antunes, professora e ilustradora do Grupo do Risco.

A codorniz (Coturnix coturnix) é mestre na arte da camuflagem. Graças às suas penas de tons ocre e ao padrão malhado mimetiza o ambiente onde vive.

Codorniz. Foto: Christoph Moning/WikiCommons

Esta ave rechonchuda, que vive sobretudo em zonas agrícolas, não é uma ave muito comum. Segundo o portal Aves de Portugal, “ocorre como invernante, sobretudo nas zonas húmidas do sul, mas é uma espécie maioritariamente estival, encontrando-se no nosso território principalmente entre Março e Outubro”. As aves estivais, que passaram o Inverno em África, chegam em bom número em Abril.

Durante a época de reprodução, esta ave distribui-se por quase todo o país, estando as maiores concentrações no Sul, nas planícies alentejanas e nas lezírias do Ribatejo.

O livro “Aves de Portugal – Ornitologia do território continental” diz que a codorniz parece ter uma das mais prolongadas épocas de reprodução de entre as aves nacionais. Há machos que começam a cantar em Novembro e pode ainda haver eclosões na primeira semana de Outubro.

Normalmente, as posturas começam em Março. Os ninhos são feitos no chão, escondidos entre a vegetação.

Ilustração: Lúcia Antunes

A codorniz põe entre 8 e 13 ovos que são incubados durante 17 ou 20 dias. “As crias podem esboçar os primeiros voos com 11 dias, mas tornam-se realmente aptas para voar com cerca de 19 dias de idade”, escrevem os autores daquele livro.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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