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Foto: Wilder

Cinco espécies de musgos e líquenes para procurar em Janeiro e Fevereiro

Os musgos e os líquenes são conhecidos como bons biomonitores; a partir das espécies existentes num local e da forma como costumam tolerar – ou não – os poluentes na atmosfera, os investigadores podem estimar como está a qualidade do ar.

 

Os musgos pertencem ao grupo das briófitas, plantas que não têm um sistema vascular para transportar água e outros produtos e que por isso se espalham lentamente, célula a célula. Já os líquenes são associações simbióticas entre fungos e algas, em que os fungos obtêm o açúcar produzido pelas algas no processo de fotossíntese e estas ficam protegidas ao longo do ano todo.

Apesar de serem formas de vida muito diferentes, tanto uns como outros são seres microscópicos; para os identificar será melhor recorrer a uma lupa com um poder de ampliação de 10 vezes. No entanto, mesmo a olho nu, podemos observá-los com toda a atenção e apreciar a complexidade deste mundo em pequena escala.

Aceite o desafio e procure estas cinco espécies de líquenes e musgos, identificadas com a ajuda de Paula Matos, investigadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e de Cristiana Costa Vieira, curadora do herbário do Museu de História Natural e Ciência da Universidade do Porto.

 

Líquen Parmelia verde (Flavoparmelia caperata):

 

Este líquen pertence ao grupo dos foliáceos que, como o nome indica, assemelham-se a folhas. Procure-o nos troncos das árvores, habitualmente com tons entre o amarelo e o verde pálido, assemelhando-se a uma folha de alface. É muito comum em Portugal.

 

Líquen Candelaria concolor:

 

Outro líquen foliáceo, esta espécie tem um talo que pode ser de cor laranja ou amarela. É mais fácil de observar nos troncos de árvores de folha caduca, em áreas abertas.

 

Líquen Xanthoria parietina:

 

É encontrado mais facilmente nos troncos de árvores, mas pode ser também avistado em rochas. As cores normalmente variam entre o amarelo escuro e o laranja-avermelhado, mas quando está mergulhado na sombra, assume tons mais esverdeados do que é costume (como na fotografia). Conhecido por ser muito tolerante à poluição.

 

Musgo Bryum capillare:

 

Esta espécie pertence à família Bryaceae, a maior família no grupo das plantas briófitas. É uma espécie muito comum de musgo, que cresce em tufos, e dos mais fáceis de observar em jardins. Pode encontrá-lo numa grande variedade de solos, mas também em árvores, vedações, paredes, telhados e rochas.

 

Musgo Syntrichia laevipila:

 

Aqui está outra planta briófita que pode procurar neste e noutros jardins urbanos. Cresce numa grande variedade de árvores, em tons brilhantes, usualmente verdes e amarelados, que assumem tonalidades mais cinzentas quando estas plantas secam.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Quantas destas sugestões consegue encontrar? O desafio é fotografar ou desenhar os líquenes e musgos que observar e partilhar as suas imagens connosco, enviando para [email protected]. Iremos publicar as melhores na Wilder.

Ao longo do ano, a cada mês, a revista Wilder sugere-lhe a natureza que não pode perder no Jardim Gulbenkian.

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