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Caloiros da Universidade de Aveiro ajudaram a plantar 380 árvores

16.12.2016

Carvalhos-alvarinhos, castanheiros, amieiros, bétulas e freixos foram algumas das árvores plantadas numa acção orientada para os novos alunos de Biologia da Universidade de Aveiro, no Parque de Lazer de Valmaior, em Albergaria-a-Velha.

 

No início de Novembro, cada caloiro recebeu um pequeno carvalho-alvarinho, transplantado para um vaso feito a partir de um pacote de leite que cada um deles tinha personalizado a seu gosto.

“Ficaram então responsáveis por tratar e cuidar das plantas até ao momento da sua plantação, isto como forma de criar e estimular uma ligação com essas árvores”, explica Helder Berenguer, um dos principais organizadores deste projecto, “Biologia a Plantar o Futuro”.

Durante um mês, os alunos ficaram com os pequenos carvalhos em casa, até que no dia 1 de Dezembro foram plantá-los no Parque de Lazer de Valmaior, concelho de Albergaria-a-Velha, na região de Aveiro, juntamente com alunos de outros anos e alguns professores.

 

 

Aos cerca de 60 a 70 carvalhos-alvarinhos plantados nesse dia juntaram-se  outras espécies, todas elas bem adaptadas às condições do local: castanheiros, amieiros, bétulas, freixos, medronheiros e liquidâmbares, “enriquecendo a biodiversidade, valor pedagógico, estético e social” do parque, nota este responsável, num comunicado sobre o projecto.

O “Biologia a Plantar o Futuro” nasceu em 2014 pelas mãos da Comissão de Faina de Biologia, organismo responsável pelo planeamento das praxes dos caloiros da licenciatura em Biologia na Universidade de Aveiro.

Helder Berenguer, que nesse ano fazia parte desta comissão, explicou à Wilder que o objectivo foi fazerem uma praxe em moldes diferentes e que estivesse relacionada com a formação em Biologia. Mas tanto os alunos novos que aderem à praxe, como os restantes que preferem ficar fora desse ritual, podem participar.

A Mata do Buçaco foi o sítio escolhido para a reflorestação feita pelos caloiros em 2014 e em 2015, que também por lá andaram a eliminar espécies invasoras. Já este ano, a acção transferiu-se para o concelho de Albergaria-a-Velha, onde contou com uma parceria entre a Comissão de Faina de Biologia, a Associação BioLiving (liderada por Milene Matos, da Universidade de Aveiro) e o próprio município.

 

 

Os alunos tiveram ainda o apoio do AVE-Herbarium Universitatis Aveirensis, do Laboratório de Fungos e Plantas e do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro.

Helder Berenguer, que concluiu agora o mestrado em Biologia Molecular e Celular e actualmente ligado ao Laboratório de Fungos e Plantas da Universidade, acredita que o “Biologia a Plantar o Futuro” “tem pernas para andar”, até porque há interesse na continuidade deste projecto da parte dos vários envolvidos.

Tudo indica que sim. Os próprios alunos “semearam também mais de uma centena de bolotas e estas já estão a germinar”, para darem origem a novos carvalhos. “É uma forma de criarmos continuidade para os caloiros do próximo ano.”

“Mais do que uma actividade de integração, é uma acção com uma forte causa social, ambiental e pedagógica”, destaca ainda. “Para sensibilizar para a importância das florestas e fomentar, desde cedo, uma ligação entre a terra e os futuros biólogos.”

 

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Se desejar conhecer mais sobre o  “Biologia a Plantar o Futuro”, pode espreitar a página no Facebook.

Pode ler também a notícia da Wilder sobre a plantação de carvalhos realizada no âmbito deste projecto em 2015, aqui.

 

[divider type=”thick”]Série Wilder Cuidadores de Florestas

Inspire-se nesta série que criámos para si, para lhe mostrar os portugueses que estão a cuidar das florestas ao longo de todo o ano. Falámos com os responsáveis por alguns dos melhores projectos de prevenção de fogos e de enriquecimento de florestas e ouvimos as histórias de cidadãos que arregaçam as mangas pelas árvores. Estes são os Cuidadores de Florestas.

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Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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