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Há cada vez mais restaurantes em Londres a instalar colmeias

14.07.2015

O número de colmeias nos telhados e logradouros de Londres triplicou desde 2010. Agora, os chefs da capital britânica também começam a aderir a este movimento, reconhecendo a complexidade de sabores do mel urbano.

 

“Estas são três coisas que captam, verdadeiramente, a imaginação das pessoas: dinossauros, robôs e abelhas. Não sei explicar porquê, mas há alguma coisa nas abelhas que fascinam o público”, disse Richard Glassborow, director da Associação de Apicultores de Londres, ao jornal Daily Telegraph.

“Para os restaurantes, esta é uma extensão lógica na identificação dos seus fornecedores. Poder dizer: ‘isto vem das nossas colmeias’ deve ser muito gratificante, tanto para os chefs como para os clientes”, acrescentou.

Por exemplo, o restaurante “The Dairy”, de Robin Gill, tem quatro colmeias no terraço ajardinado. “Nada permite dar melhor sabor do que ter esta ligação ao jardim, todo o ciclo dos alimentos e ver de onde nascem”, disse o sub-chef e apicultor Ben Rand.

A verdade é que a diversidade de plantas que crescem na cidade de Londres permite obter um mel de sabores mais complexos.

No Reino Unido, esta semana, de 13 a 19 de Julho, é a “Pollinator Awareness Week”, evento que quer chamar a atenção para estes insectos e encorajar os cidadãos a agir para os conservar.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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