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Zoo de Lisboa adere a campanha contra extinção de aves canoras

06.08.2018

Nos fins-de-semana de Agosto e Setembro, o Jardim Zoológico de Lisboa organiza várias actividades no âmbito da campanha internacional de conservação “Quebrar o Silêncio”, contra a eminente extinção das aves canoras.

 

A campanha “Quebrar o Silêncio” (“Silent Forest”, em inglês) foi lançada pela Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA) para alertar a sociedade para a eminente extinção de várias espécies de aves canoras, em especial no Sudeste Asiático, e angariar fundos para os projectos de conservação.

Esses fundos serão aplicados em acções para resgatar e recuperar aves dos mercados ilegais, aumentar a população de aves nos seus habitats – através, por exemplo, da construção de centros de reprodução, de reintroduções na natureza e do reforço do número de guardas florestais – e promover a educação ambiental.

 

Mainá-de-Bali. Foto: Zoo de Lisboa

 

As aves canoras têm sofrido com a captura excessiva para o comércio de aves exóticas. Segundo as Nações Unidas e a INTERPOL, o tráfico de animais selvagens é o quarto negócio ilegal mais lucrativo do mundo, representando cerca de 223 mil milhões de euros anuais, e as aves são o seu principal alvo de transação.

Outras ameaças às aves são a participação em competições de canto, a utilização na medicina tradicional e até como alimento.

O Jardim Zoológico junta-se a esta Campanha e propõe aos seus visitantes sete workshops gratuitos. Com eles, o Zoo pretende que as pessoas “desenvolvam os seus conhecimentos sobre aves e o respeito pela natureza”.

Por exemplo, no workshop “Dê Asas à Imaginação”, os participantes podem criar binóculos em material reciclado e origamis com a silhueta de um Mainá-do-bali (a ave canora embaixadora da Campanha e que pode conhecer no Jardim Zoológico).

O Laboratório Interativo “Aves em 3D” dá a conhecer a anatomia e as características das aves, através de um programa a três dimensões.

Já no Atelier de Desenho “Dê vida à Floresta” poderá observar aves de “(A)belharuco a (Z)arro” e dar largas à sua veia artística.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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