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Mostramos-lhe as espantosas ilustrações científicas expostas em Madrid

02.02.2016

Para quem não pode ir ao Museu Nacional espanhol de Ciência e Tecnologia, em Madrid, ver a Exposição Il-lustraciència 3, inaugurada nesta terça-feira, aqui fica uma selecção de algumas das 40 ilustrações científicas expostas.

 

A exposição, inaugurada a 2 de Fevereiro pela Fundação Espanhola para a Ciência e Tecnologia, ficará naquele museu até 28 de Fevereiro. Lá estão expostas as 40 ilustrações selecionadas pelo júri da 3ª edição do Prémio Internacional de Ilustração Científica, Il-lustraciència, e que já percorreram várias cidades espanholas.

Este prémio internacional, que está a aceitar ilustrações concorrentes à sua 4ª edição, até 15 de Março, é organizado pela Associação Catalã da Comunicação Científica. Nesta 4ª edição, há dois portugueses entre os 15 membros do júri: Fernando Correia, director do Laboratório de Ilustração Científica na Universidade de Aveiro, e Mafalda Paiva, ilustradora científica.

Segundo disse à Wilder Miquel Baidal, coordenador do prémio, ilustradores de mais de 30 países concorreram à 3ª edição com um total de 424 trabalhos. As propostas iam desde a botânica, à anatomia e fauna e as técnicas mais usadas foram a aguarela e a ilustração digital.

A maioria dos concorrentes eram espanhóis, com um total de 133 obras. Seguiram-se os ilustradores colombianos (38), russos (34), mexicanos e argentinos (ambos com 28) e brasileiros (24). De Portugal concorreram 18 ilustradores.

“Um dos nossos objectivos é dar visibilidade ao trabalho dos ilustradores e tornarmo-nos uma referência tanto para profissionais da ilustração científica como para empresas interessadas no mundo da ilustração”, explicou à Wider.

Para Baidal, “a ilustração científica é uma ferramenta imprescindível para compreender e divulgar a Ciência”. É diferente de outras técnicas, como a fotografia, porque “permite-nos manipular o elemento a fim de mostrar aquilo que mais nos interessa”.

Este responsável quer trabalhar para que a ilustração científica “recupere o lugar que perdeu há anos”.

Aqui ficam algumas das 40 ilustrações que fazem parte da exposição:

 

Coleópteros do pinhal litoral de Mallorca. Ilustração: Xavier Canyelles Ferra
Coleópteros do pinhal litoral de Mallorca. Ilustração: Xavier Canyelles Ferrà

 

Dedaleira (Digitais purpurea). Ilustração: Elisabete Ferreira
Dedaleira (Digitais purpurea). Ilustração: Elisabete Ferreira

 

Bufo-real (Bubo bubo). Ilustração: Mikhailov Nikita
Bufo-real (Bubo bubo). Ilustração: Mikhailov Nikita

 

Micro-habitat florestal. Ilustração: Mafalda Sofia Varela Paiva
Micro-habitat florestal. Ilustração: Mafalda Sofia Varela Paiva

 

Cavalo-marinho-pigmeu (Hippocampus bargibanti). Ilustração: Marija Nabernik
Cavalo-marinho-pigmeu (Hippocampus bargibanti). Ilustração: Marija Nabernik

 

Peixe-vermelho (Sebastes norvegicus). Ilustração: Meritxell Campos Canudas
Peixe-vermelho (Sebastes norvegicus). Ilustração: Meritxell Campos Canudas

 

 

Libélula-de-doze-manchas (Libellula pulchella). Ilustração: Melissa Woodall
Libélula-de-doze-manchas (Libellula pulchella). Ilustração: Melissa Woodall

 

Anatomia do gato de Bengali. Ilustração: Esther Merchan Montero
Anatomia do gato de Bengali. Ilustração: Esther Merchan Montero

 

[divider type=”thin”]Saiba mais sobre estes prémios.

 

Está aberta a 4ª edição do Prémio Internacional de Ilustração Científica

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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