O mosquito-tigre-asiático (Aedes albopictus) – espécie vectora de vários vírus como do dengue, febre amarela e zika – foi identificado pela primeira vez no município de Lisboa, informou a Direcção-Geral de Saúde (DGS).
O mosquito-tigre-asiático é um mosquito nativo de regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental, que recentemente encontrou porto seguro em Portugal Continental. Tal como tem vindo a acontecer, nos últimos anos, em países como Itália, França e Espanha.
A espécie, que se está a expandir pelo Sul da Europa, foi detetada pela primeira vez em Portugal em 2017, na região Norte e, posteriormente, na região do Algarve (2018) e Alentejo (2022).
Em Julho, um leitor da Wilder observou este mosquito em Loulé.
Parece ter chegado agora a Lisboa. Os mosquitos foram identificados no âmbito da vigilância entomológica, feita pela Rede de Vigilância de Vetores (REVIVE), implementada em todo o território nacional.
Este mosquito pode transmitir às pessoas doenças como chikungunya, dengue, febre amarela e zika. “No entanto, em Portugal, não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas, nem se registaram casos de doença humana até ao momento”, segundo a DGS.
“À data, não existe risco acrescido para a saúde da população, pelo que não se justifica a definição de recomendações à população”, declarou, em comunicado, a DGS.
Para já, esta Direcção Geral reforçou a vigilância entomológica e epidemiológica, estando em curso a “implementação de medidas para controlar a população de mosquitos”.
A monitorização, avaliação da situação e respetiva intervenção são da competência dos Serviços de Saúde Pública de nível regional e local, em articulação com a DGS e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, conforme previsto na Estratégia Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores.
Saiba mais.
Saiba tudo sobre esta espécie e o que está a acontecer, neste artigo publicado anteriormente na Wilder.