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Golfinho roaz. Foto: Cloudette_90/WikiCommons

ICNF interdita observação de golfinhos na entrada do estuário do Sado

14.07.2023

A medida destina-se a proteger a população local de golfinhos roazes e aplica-se a partir deste sábado, até ao final de Agosto, anunciou o instituto que tutela a conservação da natureza.

Desta forma, até ao próximo dia 30 de Agosto, “não é permitida a observação de cetáceos – nomeadamente de golfinhos – e a permanência de embarcações marítimo-turísticas e recreativas na entrada do estuário do Sado”, sendo possível apenas a circulação ou a passagem de embarcações no local.

A informação foi divulgada esta sexta-feira numa nota de imprensa do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), responsável pela decisão sobre este medida de exclusão, divulgada também em edital.

Esta nova medida, de carácter “experimental”, inclui-se entre várias propostas de acções a aplicar a curto prazo. Foi tomada com base nas conclusões e nas propostas de um estudo de reavaliação da capacidade de carga de observação de cetáceos no Estuário do Sado e na zona marinha adjacente, explica o instituto.

Para esta decisão, foi tomada também em consideração a “fragilidade” da população local de golfinhos. Em causa está o “número reduzido” de indivíduos e a “probabilidade de não ocorrer um aumento populacional até ao final de 2030”, acrescenta a nota de imprensa.

A população residente de golfinhos roazes (Tursiops truncatus) do estuário do Sado conta atualmente com cerca de 25 indivíduos, muitos dos quais com idade superior a 40 anos, adianta o instituto.

“Após a tendência de declínio observada na década de 90, seguiu-se um ligeiro incremento com a sobrevivência das crias nascidas a partir de 2010. Continuam, no entanto, a existir factores de risco que podem dificultar a capacidade de recuperação da população e a tornam especialmente vulnerável a perturbações causadas pelas atividades humanas.”

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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