Numa declaração conjunta assinada nesta segunda-feira num evento especial da COP21, em Paris, os chefes de Estado e ministros de 16 países reconheceram as florestas como uma solução climática crucial e anunciaram vários projectos para travar a desflorestação.
Os líderes políticos da Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Etiópia, França, Gabão, Indonésia, Japão, Libéria, Noruega, Peru, Reino Unido e República Democrática do Congo reconheceram “o papel essencial que as florestas têm a longo prazo na saúde do nosso planeta”, nomeadamente na questão das alterações climáticas.
Por isso, comprometeram-se a “intensificar os esforços para proteger as florestas, a recuperar de forma significativa as florestas degradadas, as turfeiras e as terras agrícolas e a promover um desenvolvimento rural de baixo carbono”, segundo a declaração.
Na cerimónia, onde também foram anunciados vários projectos de restauro florestal, estiveram os chefes de Estado da Alemanha, Brasil, Colômbia, Etiópia, Gabão, Indonésia, Noruega e Peru, bem como vários ministros de outros países.
O Brasil e a Noruega anunciaram que vão prolongar até 2020 a sua parceria climática e florestal. Na última década, o Brasil conseguiu reduzir a desflorestação da Amazónia em mais de 70%, apoiado pela Alemanha e Noruega.
A Colômbia anunciou uma parceria com a Alemanha, Noruega e Reino Unido para reduzir a desflorestação na região da Amazónia.
Já em Setembro em Nova Iorque, vários países se tinham comprometido a conservar as florestas no âmbito dos novos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a mobilizar o financiamento para o conseguir, no quadro do REDD+ (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation). Hoje, a Alemanha, Noruega e Reino Unido anunciaram um financiamento para este programa no valor de mil milhões de dólares (cerca de 943 milhões de euros) por ano até 2020.
Mais de mil milhões de pessoas dependem directamente das florestas e os restantes seis mil milhões dependem delas por causa de vários serviços dos ecossistemas, como a biodiversidade, polinização, captura e armazenamento de carbono e água potável. Contudo, estima-se que, por ano, cerca de 12 milhões de hectares de florestas sejam destruídos.
“As florestas podem reduzir milhões de toneladas de emissões por ano e são essenciais para evitar as perigosas alterações climáticas”, subscreveram os líderes políticos.
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