Estas três novas descobertas resultam num total de 688 espécies que foram até identificadas nesta propriedade com cerca de 430 hectares, gerida pela Quercus e situada na área do Parque Natural do Tejo Internacional, destinada à conservação da natureza e da biodiversidade.
O gamo (Dama dama) é uma das novas espécies que foram observadas nos terrenos do Monte Barata, localizado entre as freguesias de Malpica do Tejo e Monforte da Beira, na zona de Castelo Branco. Este cervídeo tem vindo a aumentar a sua presença na região do Tejo Internacional, indicou a associação ambientalista.
O javali e o veado são outros animais que ocorrem nesta propriedade da Quercus, onde até hoje foram registados 15 espécies de mamíferos no total.
A Trichiura ilicis, uma espécie de traça ou borboleta nocturna, é outra das espécies recém-descobertas no mesmo local.
Os insectos são aliás a classe que está ali mais representada: incluindo as borboletas, totalizam 527 espécies diferentes (461 espécies de borboletas pertencendo a 49 famílias diferentes e 17 odonatos).
Outra espécie que foi agora detectada é o escaravelho Ceratophyus hoffmannseggi, um insecto coleóptero.
As aves têm também uma presença importante nesta propriedade: até hoje, ali foram observadas 132 espécies, incluindo a cegonha-preta e o picanço-barreteiro.
Na mesma propriedade funciona aliás um campo de alimentação para aves necrófagas, sendo por isso possível assistir à presença de bandos de grifos, do abutre-do-Egipto e do abutre-preto nesta zona.
Por ali andam também a salamandra-de-pintas e o sapo-parteiro-ibérico, entre um total de 14 répteis e de 11 anfíbios.
De acordo com informação divulgada pelos responsáveis do Monte Barata, nestes terrenos, adquiridos pela Quercus em 1992, podem encontrar-se também vários animais considerados raros, vulneráveis ou em perigo de extinção. É o caso da águia-imperial, do gato-bravo, do abutre-preto e da lagartixa-de-dedos-denteados.