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Foto: Albano Soares

Foram identificadas mais três espécies de fauna no Monte Barata

12.01.2016

Estas três novas descobertas resultam num total de 688 espécies que foram até identificadas nesta propriedade com cerca de 430 hectares, gerida pela Quercus e situada na área do Parque Natural do Tejo Internacional, destinada à conservação da natureza e da biodiversidade.

 

O gamo (Dama dama) é uma das novas espécies que foram observadas nos terrenos do Monte Barata, localizado entre as freguesias de Malpica do Tejo e Monforte da Beira, na zona de Castelo Branco. Este cervídeo tem vindo a aumentar a sua presença na região do Tejo Internacional, indicou a associação ambientalista.

 

Foto: Helder Conceição
Foto: Helder Conceição

 

O javali e o veado são outros animais que ocorrem nesta propriedade da Quercus, onde até hoje foram registados 15 espécies de mamíferos no total.

A Trichiura ilicis, uma espécie de traça ou borboleta nocturna, é outra das espécies recém-descobertas no mesmo local.

 

Foto: Albano Soares
Foto: Albano Soares

 

Os insectos são aliás a classe que está ali mais representada: incluindo as borboletas, totalizam 527 espécies diferentes (461 espécies de borboletas pertencendo a 49 famílias diferentes e 17 odonatos).

Outra espécie que foi agora detectada é o escaravelho Ceratophyus hoffmannseggi, um insecto coleóptero.

 

Foto: Albano Soares

 

As aves têm também uma presença importante nesta propriedade: até hoje, ali foram observadas 132 espécies, incluindo a cegonha-preta e o picanço-barreteiro.

Na mesma propriedade funciona aliás um campo de alimentação para aves necrófagas, sendo por isso possível assistir à presença de bandos de grifos, do abutre-do-Egipto e do abutre-preto nesta zona.

Por ali andam também a salamandra-de-pintas e o sapo-parteiro-ibérico, entre um total de 14 répteis e de 11 anfíbios.

De acordo com informação divulgada pelos responsáveis do Monte Barata, nestes terrenos, adquiridos pela Quercus em 1992, podem encontrar-se também vários animais considerados raros, vulneráveis ou em perigo de extinção. É o caso da águia-imperial, do gato-bravo, do abutre-preto e da lagartixa-de-dedos-denteados.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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