Em Fevereiro foram revelados os dados relativos a Portugal; agora surgem os dados a nível ibérico, segundo os quais invernam nos dois países entre 471 e 499 águias-pesqueiras (Pandion haliaetus).
O censo ibérico foi coordenado em Portugal pelo portal Aves de Portugal e em Espanha pela Fundación Migres e aconteceu, em Portugal, a 6 de Janeiro. Foram registadas entre 188 e 216 aves no nosso país.
Em Espanha, revelou esta semana a agência espanhola de notícias EFE, é na Andaluzia que mais águias-pesqueiras se concentram, com 42%, surgindo Portugal com 40%.
Estas são aves que vêem do Centro e do Norte da Europa para aqui passar os meses mais frios do ano. Procuram na Península Ibérica zonas com condições favoráveis para fugir às baixas temperaturas e mais alimento.
Além de Portugal e da Andaluzia há sete comunidades autónomas espanholas com presença desta espécie: Astúrias, Cantábria, Catalunha, Euskadi, Extremadura, Galiza e Valência, todas com percentagens abaixo dos 5% do total da população, à excepção da Galiza.
Não foram registadas águias-pesqueiras em Castela-Leão nem em Castela-La Mancha.
O habitat preferido destas águias foram as zonas húmidas mas também foram avistadas junto à costa e em albufeiras.
A águia-pesqueira, tal como o nome indica, alimenta-se de peixe. Por esta altura do ano, quando os lagos nos países de origem – Reino Unido, Suécia, Noruega e Alemanha – ficam cobertos de neve e gelo, algumas destas águias migram para Sul e vêm para Portugal em busca de alimento.
Em Fevereiro e Março, as águias-pesqueiras deixam Portugal rumo às suas áreas de reprodução.
De momento, a população europeia parece estar a aumentar, muito graças a projectos de reintrodução realizados em países como Inglaterra, França ou Espanha.