O leitor José Mário Félix ficou curioso sobre “uma espécie de resina” que as amendoeiras libertam, “sob a forma de excrescências mais ou menos abundantes”. O Centro de Ecologia Funcional e o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC) respondem com a explicação.
“A amendoeira liberta no caule uma espécie de resina ou cola sob a forma de excrescências mais ou menos abundantes. Penso que as cerejeiras e os pessegueiros também o fazem. A minha questão é saber que tipo de substância (ao nível químico) é esta resina, qual a sua função e em que circunstâncias temporais a planta segrega tal produto.”
De acordo com o JBUC e com os especialistas do Centro Funcional de Ecologia, “esta resina é uma mistura de polissacarídeos de cadeia longa que se tornam mucilaginosos quando misturados com água.”
Esta libertação de resina pode acontecer em várias espécies, “especialmente quando se encontram a crescer em condições adversas como elevada altitude e/ou seca”, advertem.
E acrescentam ainda que estas excrescências “podem também ser o resultado de danos mecânicos no tronco, servindo [esta resina] como selante da ferida e prevenindo a desidratação da planta”.
É necessário aliás estar alerta, pois nalguns casos essas excrescências “podem também resultar da infecção da planta por microrganismos.”
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