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Alunos de Estarreja pintam sarjetas para travar poluição dos oceanos

08.06.2022
A primeira sarjeta pintada em Estarreja. Foto: Câmara de Estarreja

Os alunos das escolas de Estarreja estão a pintar sarjetas para alertar todos os munícipes que não devem deitar lixo para o chão porque este irá parar ao oceano. A primeira sarjeta do projecto “O mar começa aqui” já está pintada.

Para celebrar o Dia Mundial dos Oceanos, o município de Estarreja e as Eco-escolas – Escola Prof. Dr. Egas Moniz e Escola Secundária de Estarreja – puseram em acção o projecto “O mar começa aqui”, no âmbito do qual os alunos irão pintar sarjetas dentro do espaço escolar e na via pública.

“Esta ação visa alertar todos os munícipes para a importância de uma correta gestão dos resíduos produzidos, colocando-os nos locais adequados para o efeito”, explica o município num comunicado enviado à Wilder.

“Se não forem colocados no local certo, os resíduos poderão ser arrastados pelas águas da chuva e através das sarjetas chegarão aos nossos rios e mar e, inevitavelmente, a nós através da cadeia alimentar.”

A primeira sarjeta pintada em Estarreja. Foto: Câmara de Estarreja

O município forneceu as tintas, instalação de barreiras e sinalização bem como todo o apoio necessário à realização da atividade.

As sarjetas serão pintadas na Rua Associação Artística de Avanca (junto à futura entrada da Escola Prof. Dr. Egas Moniz), na Junta de Freguesia de Avanca, na Rua Santa Marinha, Avanca e na Rua Dr. Tavares da Silva, Beduído (junto à Escola Secundária de Estarreja). Em Avanca, os alunos já iniciaram os trabalhos de pintura.

Este projecto quer promover a “preservação dos ecossistemas e da biodiversidade em geral e da qualidade da água doce e salgada em particular” e incentivar “os jovens a passar a mensagem de que “Tudo o que cai no chão, vai parar ao mar”, além de estimular a sua criatividade e cooperação entre todos para a sustentabilidade.

O Dia Mundial dos Oceanos celebra-se a 8 de Junho e este ano o tema é “Revitalização: Ação Coletiva para o Oceano”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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