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Há uma exposição de ilustração científica na Faculdade de Ciências do Porto

08.04.2016

Mostrar qual o papel da ilustração científica no avanço do conhecimento é o grande objectivo da exposição “A Ciência numa Ilustração – ilustrar para comunicar/divulgar Ciência”, na Biblioteca da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto até ao final do ano.

 

Quem visitar a Biblioteca da Faculdade de Ciências, no Porto, pode encontrar oito mesas expositoras e  vários armários com ilustrações, livros antigos, materiais de desenho, modelos científicos tridimensionais e exemplos de como a ilustração faz parte do nosso dia-a-dia.

A exposição, patente na Biblioteca de 11 de Março a 31 de Dezembro, surgiu para sensibilizar a comunidade para o papel da ilustração científica na edificação da sociedade do conhecimento e para mostrar para que serve este tipo de ilustração.

 

 

Esta é a segunda mostra dedicada à ilustração científica naquela casa. A primeira, em 2011, foi uma exposição colectiva de trabalhos de alunos dos cursos de Ilustração Científica lecionados no CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental) e esteve exposta na Galeria dos Leões da Reitoria da Universidade do Porto.

Para Maria João Santos e Francisca Cavaleiro, investigadoras do CIIMAR/FCUP e Comissárias Científicas da exposição, esta mostra “proporciona uma perspetiva abrangente e integrada da ilustração científica”. As ilustrações abrangem diferentes temas – desde a ilustração de plantas e animais à paleontologia – e técnicas, quer a preto e branco, quer a cor (como o aparo, tinta-da-china, canetas de tinta pigmentada, lápis de grafite, aguarela, scratchboard, lápis de cor).

 

Ilustração: Isopoda/Maria João Santos
Ilustração: Isopoda/Maria João Santos

 

Na sua maioria, as obras são da autoria de Francisca Cavaleiro, mas também há trabalhos de outros investigadores do Museu de História Natural e da FCUP, como Cristiana Vieira, Simão Mateus e a própria Maria João Santos.

Uma das peças a não perder na exposição é um dos livros antigos do espólio da biblioteca da FCUP, o livro de Dioscorides, publicado pela primeira vez no século I d. C.

 

 

“Este foi dos primeiros livros científicos a ser iconografado, por isso ilustrado”, disse à Wilder Maria João Santos, acrescentando que “representava o conhecimento dos ‘medicamentos’ da época. Tudo muito à base de plantas, essencialmente, e alguns animais e minerais”. Na exposição está uma edição do século XVI, em castelhano, onde é possível ver algumas ilustrações.

Uma secção desta mostra é dedicada aos modelos científicos tridimensionais usados em diferentes áreas científicas nas faculdades (como cogumelos e modelos anatómicos de algumas espécies) e ainda a objectos que mostram de que forma a ilustração científica está presente no nosso quotidiano, incluindo postais, artigos de decoração e colecções de selos.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Exposição “A Ciência numa Ilustração – ilustrar para comunicar/divulgar Ciência”

Horários:

2f a 6f, das 09h00 às 20h00

Local: Biblioteca da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (Rua do Campo Alegre)

Contactos:

Telef: 22.040.21.91

Email: [email protected]

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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