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Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay

Cidadãos limparam mais de 14 toneladas de lixo de uma floresta

11.10.2017

Durante uma manhã, 39 voluntários juntaram-se na floresta em Gandra (Paredes, distrito do Porto) e recolheram mais de 14 toneladas de lixo. Esta foi uma acção piloto para o World Cleanup Day de 2018, no qual Portugal é um dos 135 países participantes.

 

No dia 17 de Setembro, entre as 09h00 e as 12h30, dezenas de voluntários tiveram um trabalho árduo em terrenos baldios de Gandra (Paredes).

 

Grupo de voluntários que participaram na limpeza. Foto: AMO Portugal

 

Esta é uma “zona de floresta com pinheiro bravo, eucalipto e mato que, infelizmente, como a maior parte da nossa floresta, está muito mal tratada por depósitos ilegais de resíduos”, explicou à Wilder Judite Maia-Moura, coordenadora distrital do Porto da AMO Portugal – Associação Mãos à Obra Portugal.

 

Foto: AMO Portugal

 

A campanha de limpeza, em parceria com a Câmara Municipal de Paredes, recolheu três toneladas de resíduos misturados, dois sofás, cerca de 1.500 quilos em pneus e 10 toneladas de betão, tijolos, ladrilhos, telhas, materiais cerâmicos, terras e pedras. Tudo isto estava abandonado ao longo de três quilómetros de caminho florestal.

 

Foto: AMO Portugal

 

“Tratou-se de uma acção piloto, com a antecedência de um ano, no âmbito do Let’s do it – World Cleanup Day, liderado pela Estónia, que comemora o X aniversário da sua primeira limpeza a nível nacional, da qual nasceu também o nosso Limpar Portugal em 2010″, acrescentou Judite Maia-Moura.

 

Foto: AMO Portugal

 

O próximo World Cleanup Day acontecerá a 15 de Setembro de 2018 e já estão inscritos 135 países.

 

Foto: AMO Portugal

 

A AMO Portugal – Associação Mãos à Obra Portugal “tem uma constante preocupação com a floresta, tanto na sua limpeza, como na sua florestação com árvores autóctones e também na prevenção de incêndios florestais”, salientou a responsável.

De 18 a 26 de Novembro, a AMO Portugal organiza a campanha Florestar Portugal 2017 para aproximar todos os cidadãos da floresta. As espécies a plantar são azinheira, cerejeira-brava, carvalho-português, carvalho-negral, carvalho-alvarinho, choupo-negro, medronheiro, zambujeiro, sobreiro, amieiro, freixo, borrazeira-negra, salgueiro-branco e ulmeiro.

Assim, durante esses dias todos estão desafiados a fazer o levantamento das árvores autóctones locais e identificá-las, plantar bosques de árvores autóctones, replantar árvores nos jardins das cidades, fazer passeios pedestres para identificação das árvores ou ainda fazer o mapa das árvores autóctones existentes no local.

“Os benefícios que as florestas proporcionam não permanecem apenas no local onde as árvores se encontram. Ao afectarem de forma positiva os sistemas naturais globais, disponibilizam benefícios para toda a humanidade”, escreve a organização no site da campanha.

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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