Durante uma manhã, 39 voluntários juntaram-se na floresta em Gandra (Paredes, distrito do Porto) e recolheram mais de 14 toneladas de lixo. Esta foi uma acção piloto para o World Cleanup Day de 2018, no qual Portugal é um dos 135 países participantes.
No dia 17 de Setembro, entre as 09h00 e as 12h30, dezenas de voluntários tiveram um trabalho árduo em terrenos baldios de Gandra (Paredes).
Esta é uma “zona de floresta com pinheiro bravo, eucalipto e mato que, infelizmente, como a maior parte da nossa floresta, está muito mal tratada por depósitos ilegais de resíduos”, explicou à Wilder Judite Maia-Moura, coordenadora distrital do Porto da AMO Portugal – Associação Mãos à Obra Portugal.
A campanha de limpeza, em parceria com a Câmara Municipal de Paredes, recolheu três toneladas de resíduos misturados, dois sofás, cerca de 1.500 quilos em pneus e 10 toneladas de betão, tijolos, ladrilhos, telhas, materiais cerâmicos, terras e pedras. Tudo isto estava abandonado ao longo de três quilómetros de caminho florestal.
“Tratou-se de uma acção piloto, com a antecedência de um ano, no âmbito do Let’s do it – World Cleanup Day, liderado pela Estónia, que comemora o X aniversário da sua primeira limpeza a nível nacional, da qual nasceu também o nosso Limpar Portugal em 2010″, acrescentou Judite Maia-Moura.
O próximo World Cleanup Day acontecerá a 15 de Setembro de 2018 e já estão inscritos 135 países.
A AMO Portugal – Associação Mãos à Obra Portugal “tem uma constante preocupação com a floresta, tanto na sua limpeza, como na sua florestação com árvores autóctones e também na prevenção de incêndios florestais”, salientou a responsável.
De 18 a 26 de Novembro, a AMO Portugal organiza a campanha Florestar Portugal 2017 para aproximar todos os cidadãos da floresta. As espécies a plantar são azinheira, cerejeira-brava, carvalho-português, carvalho-negral, carvalho-alvarinho, choupo-negro, medronheiro, zambujeiro, sobreiro, amieiro, freixo, borrazeira-negra, salgueiro-branco e ulmeiro.
Assim, durante esses dias todos estão desafiados a fazer o levantamento das árvores autóctones locais e identificá-las, plantar bosques de árvores autóctones, replantar árvores nos jardins das cidades, fazer passeios pedestres para identificação das árvores ou ainda fazer o mapa das árvores autóctones existentes no local.
“Os benefícios que as florestas proporcionam não permanecem apenas no local onde as árvores se encontram. Ao afectarem de forma positiva os sistemas naturais globais, disponibilizam benefícios para toda a humanidade”, escreve a organização no site da campanha.