Um homem foi detido nesta quarta-feira em São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, com mais de mil armadilhas para aves, durante uma operação STOP, informou a GNR.
O homem, de 52 anos, foi mandado parar na estrada por militares do posto territorial de São Bartolomeu de Messines. Dentro do carro onde seguia foram encontradas 1.038 armadilhas tradicionais, conhecidas por “esparrelas”, uma espingarda caçadeira, uma carabina com mira telescópica e silenciador, uma faca, um serrote e 984 euros, segundo um comunicado da GNR.
O material foi apreendido e o homem, não habilitado para posse de armas de fogo, está indiciado pelo crime de detenção de arma proibida. O indivíduo foi presente ao tribunal de Silves para 1.º Interrogatório Judicial e aplicação das medidas de coação.
As “esparrelas” – também conhecidas por costelas ou loisas – são armadilhas usadas normalmente para capturar pequenas aves, muitas vezes para fins gastronómicos. Segundo a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea), estas são “armadilhas de arame nas quais se coloca um isco, geralmente formigas de asas, para que as aves morram de imediato”.
Os distritos com mais casos de captura e abate ilegal de aves são Faro, Porto e Lisboa. “No Algarve destaca-se a captura para o petisco, em que o pisco-de-peito-ruivo e a toutinegra-de-barrete são os que acabam mais frequentemente na frigideira”, de acordo com a organização.
Em Agosto do ano passado foram detidos dois homens em Bragança, suspeitos de caça ilegal de pintassilgos e pintarroxos. Pouco tempo depois, em Outubro, vigilantes da natureza retiraram inúmeras destas armadilhas na Praia de Faro.
Há vários meses que sete organizações não governamentais de Ambiente portuguesas têm a decorrer a campanha “Diga não aos passarinhos na gaiola e no prato”. Pode ver aqui como ajudar.