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Que espécie é esta: carvalho-negral

07.10.2021

O leitor João Cristóvão pediu ajuda na identificação desta árvore que fotografou no Crato a 18 de Abril de 2020. Carine Azevedo responde.

Trata-se do carvalho-negral (Quercus pyrenaica), também conhecido como carvalho-pardo, carvalho-das-beiras, entre outros. 

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

É uma espécie nativa, pertencente à família Fagaceae. 

Está presente em quase todas as regiões do país, excepto no Algarve e nos Arquipélagos, sendo mais predominante nas regiões do Norte e Centro de Portugal.

É uma árvore que pode crescer até 25 metros de altura, de copa ampla e arredondada e de tronco direito, por vezes irregular.

É uma espécie caducifólia, isto é, perde a folha na estação mais fria, mas também pode manter a folhagem mesmo depois de seca, renovando-a na primavera.

O carvalho-negral é muito importante na preservação da diversidade biológica dos ecossistemas e é também fundamental como fonte de alimento de muitas espécies de animais.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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