A leitora Alice Moreira fotografou esta planta a 5 de Maio no Viso, Porto. Carine Azevedo responde.
“Peço a identificação científica desta planta, sff. A foto foi tirada a 5 de Maio no Viso, Porto”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de um solano-azul (Lycianthes rantonnetii).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
O arbusto que se observa nas fotografias parece ser um solano-azul (Lycianthes rantonnetii (Carrière ex Lesc.) Bitter), uma espécie ornamental de origem sul-americana, particularmente da Argentina e do Paraguai. Pertencente à família das Solanaceae — a mesma do tomate, da batata ou do tabaco — é uma planta amplamente cultivada em jardins pelo seu porte denso e florido.
As flores, com a sua vibrante coloração violeta e centro amarelo, apresentam forma campanulada e surgem abundantemente durante os meses mais quentes. Este contraste cromático entre as pétalas e os estames é uma das suas principais atrações visuais. As flores atraem insetos polinizadores, como abelhas e borboletas, favorecendo a biodiversidade nos espaços verdes onde é plantado.
As folhas são simples, verde-escuras e de textura ligeiramente rugosa ao toque. O arbusto pode crescer até dois metros de altura, sendo usado como sebe, isolado ou conduzido em estruturas de suporte, conferindo cor e vida a muros ou vedações.
Apesar da sua beleza, todas as partes da planta são tóxicas se ingeridas, pelo que deve ser mantida fora do alcance de crianças e animais domésticos.
Agora é a sua vez.
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