Entre 1998 e 2018, as populações de aves dos meios agrícolas registaram uma redução de quase 20% e as aves das cidades de 12%, segundo a Sociedade Espanhola de Ornitologia (SEO/Birdlife).
Segundo os dados do Programa de Seguimento Sacre, revelados a 20 de Agosto, o meio agrícola “é o tipo de habitat ou ambiente com o maior número de espécies de aves em estado desfavorável e com maiores declínios populacionais em Espanha e na Europa”, nos últimos 20 anos, escreve a SEO/Birdlife em comunicado.
Um declínio de cerca de 20% “implica vários milhões de aves a menos” entre 1998 e 2018 em Espanha.
Entre as espécies de aves de meios agrícolas com maior redução populacional estão o peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), o picanço-real (Lanius meridionalis) e o trigueirão (Emberiza calandra).
Este declínio acentuou-se em 2018 em “todos os tipos agrícolas considerados, excepto nos do Norte de Espanha”, onde melhorou ligeiramente.
Espécies como a andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), o pardal-comum (Passer domesticus), o chamariz (Serinus serinus), a pega-rabuda (Pica pica) e o andorinhão-preto (Apus apus) “estão em declínio moderado”, segundo a organização.
Em situação considerada estável estão espécies como o estorninho-malhado (Sturnus vulgaris) e o pombo-das-rochas (Columba livia). Já o estorninho-preto (Sturnus unicolor) e o andorinhão-pálido (Apus pallidus) “conseguiram um aumento moderado”.
Nas cidades, o declínio das aves comuns entre 1998 e 2018 foi de 12%.
“O aumento de espécies exóticas invasoras pode dar a impressão de que há cada vez mais aves nos meios urbanos e esconder o mau estado das espécies que sempre viveram nas nossas cidades e vilas”, alertou Juan Carlos del Moral, coordenador da Ciência Cidadã da SEO/Birdlife.