O projecto LIFE “Ilhas Santuário para as Aves Marinhas”, coordenado pela SPEA, e a campanha SOS Cagarro, da Direcção Regional dos Assuntos do Mar, foram dois dos vencedores no concurso.
Os prémios “Espírito Verde” foram instituídos pela Direcção Regional do Ambiente no final do ano passado, para distinguir empresas, instituições e pessoas por iniciativas meritórias a favor da natureza. Os premiados da primeira edição foram anunciados esta quarta-feira, numa cerimónia na cidade da Horta, ilha do Faial.
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) foi premiada na categoria Recursos Naturais e Qualidade Ambiental. Em causa esteve um projecto LIFE realizado entre 2009 e 2012 na ilha do Corvo e no ilhéu de Vila Franca do Campo, que em parceria com outras entidades “criou verdadeiros santuários para os cagarros e outras aves marinhas”, indicou em comunicado.
“Estamos muito orgulhosos com este reconhecimento do trabalho da SPEA em prol da natureza dos Açores, e em especial das aves marinhas, para as quais o nosso arquipélago tem uma grande importância a nível mundial”, disse Rui Botelho, coordenador da SPEA Açores.
Já o Centro Ambiental do Priolo, gerido pela SPEA e localizado em São Miguel, recebeu uma menção honrosa na categoria de Educação, Comunicação e Voluntariado.
Nesta mesma categoria, o vencedor foi a campanha SOS Cagarro, lançada em 1995 pela Direcção Regional dos Assuntos do Mar. O objectivo é chamar a atenção das populações locais para a protecção das crias de cagarros, que começam a abandonar os ninhos entre Outubro e Novembro e muitas vezes caem, vítimas de desorientação com a iluminação nocturna nas ilhas.
Em 2018, no âmbito desta campanha, salvaram-se 4.780 cagarros juvenis nos Açores. Segundo o governo regional, esta iniciativa envolve actualmente centenas de cidadãos e dezenas de entidades no arquipélago.
Quanto à categoria “Investigação e Desenvolvimento”, o vencedor foi o projecto “Fibras de Conteira e Valorização de Produtos Endógenos”, da cooperativa Associação Agrícola.
A Quinta do Martelo, na Ilha Terceira, foi a vencedora do galardão “Economia Circular, Verde e Azul”, enquanto Veríssimo de Freitas da Silva Borges, biólogo e ambientalista, foi a personalidade vencedora na categoria “Personalidade ou Instituição”, a título póstumo.