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tronco de amendoeira com espécie de bola laranja por cima
Foto: José Mário Félix

Amendoeiras: porque libertam grandes pedaços de resina no tronco?

09.11.2018

O leitor José Mário Félix ficou curioso sobre “uma espécie de resina” que as amendoeiras libertam, “sob a forma de excrescências mais ou menos abundantes”. O Centro de Ecologia Funcional e o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC) respondem com a explicação.

 

“A amendoeira liberta no caule uma espécie de resina ou cola sob a forma de excrescências mais ou menos abundantes. Penso que as cerejeiras e os pessegueiros também o fazem. A minha questão é saber que tipo de substância (ao nível químico) é esta resina, qual a sua função e em que circunstâncias temporais a planta segrega tal produto.”

 

tronco de amendoeira com espécie de bola laranja por cima
Foto: José Mário Félix

 

De acordo com o JBUC e com os especialistas do Centro Funcional de Ecologia, “esta resina é uma mistura de polissacarídeos de cadeia longa que se tornam mucilaginosos quando misturados com água.”

Esta libertação de resina pode acontecer em várias espécies, “especialmente quando se encontram a crescer em condições adversas como elevada altitude e/ou seca”, advertem.

E acrescentam ainda que estas excrescências “podem também ser o resultado de danos mecânicos no tronco, servindo [esta resina] como selante da ferida e prevenindo a desidratação da planta”.

É necessário aliás estar alerta, pois nalguns casos essas excrescências “podem também resultar da infecção da planta por microrganismos.”

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Conheça aqui o Consultório Botânico do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, para onde poderá enviar todas as dúvidas e questões que tiver sobre plantas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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