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O dia em que se podem levar fósseis, conchas e penas para o museu

08.05.2015

Catorze cientistas do Museu americano de História Natural vão dedicar o dia 9 de Maio a olhar para os tesouros naturais que os cidadãos lhes trouxeram e a dizer a que espécie pertencem. Há mais de 35 anos que o museu celebra o Dia da Identificação, a ciência cidadã e as colecções naturais.

O museu pede aos visitantes que não cheguem de mãos a abanar e que tragam conchas, pedras, insectos, penas, ossos ou artefactos. Das 12h00 às 17h00, os cientistas do museu vão tentar identificar aquilo que os cidadãos trouxerem, ou seja, a que espécie pertence, qual a idade ou para que era utilizado, dependendo do item. De fora têm de ficar animais vivos ou mortos recentemente, avisa do museu.

Entre aquilo que já foi identificado em anos anteriores está um osso maxilar de uma baleia, uma vértebra fossilizada de uma girafa e a ponta de uma lança em pedra com 5000 anos, encontrada em Marrocos.

Segundo disse o museu à Wilder, no ano passado cerca de 3000 pessoas participaram no Dia da Identificação.

Este ano vão participar no evento 14 cientistas de dez departamentos, entre os quais Botânica, Antropologia, Entomologia, Herpetologia, Ornitologia e Paleontologia.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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