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folha e frutos da briónia-branca
Briónia-branca (Bryonia dioica). Foto: Stefan Lefnaer/Wiki Commons

Que espécie é esta: uma planta com frutos que lembram jóias

13.11.2017

Foi em meados de Outubro que a leitora Teresa Teixeira fotografou uma pequena planta agarrada a uma roseira, algures na região do Douro, voltada para o Marão, com pequenas sementes e frutos que lhe lembram jóias. Saiba que espécie é.

 

Tudo indica que esta planta é uma briónia-branca (Bryonia dioica), afirmaram à Wilder os especialistas em botânica do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, a partir dos dados da Flora Iberica.

 

planta de pequenos frutos vermelhos agarrada a uma roseira
Foto: Teresa Teixeira

 

É uma planta trepadeira nativa de Portugal, que ocorre praticamente por todo o país. Nasce de forma espontânea nas beiras dos caminhos, mas é também muitas vezes usada como planta ornamental em jardins.

Sendo da família das Curcubitáceas, pertence à mesma família das abóboras e dos pepinos, mas, ao contrário destes últimos, “não se pode ingerir pois é tóxica”, avisa o Jardim Botânico, que tem em funcionamento um consultório de plantas.

A época de floração, que nesta altura do ano já terminou, é bastante longa, pois decorre de Abril a Setembro, com a produção de flores brancas esverdeadas.

 

pequenos frutos redondos vermelhos e brancos da briónia branca
Foto: Teresa Teixeira

 

Uma curiosidade: o nome “dióica” que faz parte do nome científico da briónia-branca, e que significa “duas casas”, significa que esta trepadeira faz parte do grupo das dióicas, ao qual pertencem apenas seis por cento de todas as espécies de plantas: “Ou são masculinas ou são femininas, ao contrário da maioria das plantas, que são hermafroditas. No caso desta planta, por ter frutos, é feminina.”

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de ser uma planta, capte também imagens de pormenores: frutos, flores e folhas, mesmo que secas. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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