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Três abutres devolvidos à natureza em Pinhel

11.10.2017

Três grifos (Gyps fulvus) foram recuperados no CERVAS – Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens e devolvidos à natureza, em Pinhel (distrito da Guarda), nos dias 18 e 25 de Setembro e 2 de Outubro, foi ontem revelado.

 

Todos os grifos eram juvenis e ingressaram naquele centro de recuperação, localizado em Gouveia – Serra da Estrela, através do SEPNA/GNR “após terem sido recolhidos debilitados”, segundo uma nota divulgada ontem.

 

 

De acordo com o centro, “os processos de recuperação consistiram em alimentação, treino de voo e contacto com outros grifos para socialização”.

As devoluções à Natureza aconteceram num local próximo ao rio Côa, uma zona habitualmente frequentada por grifos.

 

 

O grifo é uma espécie classificada como Quase Ameaçada, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005). De acordo com o último censo da espécie, realizado em 1999, em Portugal existem cerca de 270 casais nidificantes.

 

 

A morte por envenenamento – devido à utilização de iscos envenenados – é apontada como o principal factor de ameaça para o grifo, por se tratar de uma ave necrófaga, gregária e muito dependente da disponibilidade de cadáveres.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Conheça a fotografia captada por Carlos Rio de um bando com cerca de 100 grifos. Parece mesmo uma pintura.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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