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Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay

Saiba como esta campanha o vai ajudar a plantar árvores autóctones

01.08.2017

Até 30 de Novembro os portugueses terão a oportunidade de ajudar a plantar carvalhos, castanheiros, freixos e outras árvores autóctones em Portugal, incluindo nas áreas ardidas de Castanheira de Pera. Conheça melhor o que vai acontecer na 4ª edição da campanha “Uma Árvore pela Floresta”, acabada de lançar.

 

Em três anos, o projecto que junta a Quercus – Associação nacional de conservação de natureza e os CTT plantou cerca de 11.000 árvores de 28 espécies um pouco por todo o país. Amieiros, medronheiros, castanheiros, freixos, azevinhos, carvalhos-alvarinhos, sobreiros e sabugueiros são algumas das espécies da flora original portuguesa que agora crescem nas serras do Gerês, Alvão, Marão, Montemuro, Estrela e no Tejo Internacional.

A novidade para este ano é a extensão destas plantações ao concelho de Castanheira de Pera, “um dos concelhos mais afectados pelos incêndios de Julho”, explica a Quercus, em comunicado divulgado ontem.

As árvores a plantar são doadas pelos cidadãos portugueses. Para participar basta que qualquer pessoa se dirija a uma das 291 lojas CTT aderentes entre 31 de Julho e 30 de Novembro, ou então que aceda a http://umaarvorepelafloresta.quercus.pt ou à loja online dos CTT e adquira por 3 euros o kit “Uma Árvore pela Floresta”, que corresponde à plantação de uma árvore pela Quercus até à Primavera de 2018.

As áreas de intervenção situam-se no Norte e Centro de Portugal, “por ser aí que a floresta autóctone apresenta um nível de degradação maior e ainda porque nessas regiões o problema dos incêndios florestais tem maior expressão no contexto nacional”.

No ano passado, os portugueses adquiriram 5.300 árvores nativas em 320 balcões dos CTT. Estas foram plantadas no Funchal, em Fevereiro, e na serra do Alvão, em Março.

O kit é composto por uma “árvore” em cartão reciclado, reproduzindo uma espécie que muda todos os anos (este ano é uma azinheira) e um código. Este serve para registar a árvore que a Quercus irá plantar, para identificar a espécie e o local de plantação e permite-lhe consultar a evolução durante 5 anos do bosque onde foi instalada.

“Com este projeto pretende-se promover a criação de bosques autóctones, os quais oferecem uma maior resistência à propagação dos incêndios e são os que mais amenizam o clima, promovem a biodiversidade e protegem a nossa paisagem, a água e os solos”, explica a Quercus.

Os CTT disponibilizam gratuitamente a sua rede de lojas, bem como os sistemas de informação necessários para a oferta online e para o acompanhamento das árvores plantadas pelos seus padrinhos, e a Quercus coordena e operacionaliza a seleção das áreas, a escolha das espécies e a plantação.

A campanha “Uma Árvore pela Floresta” insere-se no âmbito de um projecto mais vasto, o projecto Criar Bosques, o qual, de 2008 a 2015, já plantou cerca de 370.000 árvores e arbustos com o apoio de empresas e de cidadãos. Este projecto da Quercus visa “criar e cuidar de bosques de espécies autóctones, árvores e arbustos originais da flora portuguesa”.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Descubra tudo sobre esta campanha aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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