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Nasceu um novo golfinho no Estuário do Sado

19.11.2015

A notícia foi avançada pela empresa de turismo de natureza Vertigem Azul, que tinha feito o primeiro avistamento do novo golfinho na manhã do dia 23 de Junho, pelas 11h00.

 

O aparecimento de uma nova cria de golfinho roaz foi desde logo comunicado à Reserva Natural do Estuário do Sado, que nessa altura pediu silêncio à empresa, de forma a que o nascimento fosse mantido em segredo. “Por isso só agora e com imensa alegria anunciamos e partilhamos uma imagem desta nova cria!”, relatam os responsáveis da Vertigem Azul, na sua página do Facebook.

O novo golfinho tem-se mostrado “muito sociável, curioso e brincalhão”, características que aliás partilha com a mãe, nascida em 2005 também no Estuário do Sado e baptizada como Bisnau. Quanto à cria, não tem ainda um nome e na fotografia surge com apenas três dias de vida, acompanhada por um outro golfinho, Topo Cortado.

Dentro de pouco tempo, a cria deverá começar a receber lições de caça de outros membros do grupo, o que costuma acontecer quando os golfinhos têm entre oito meses e um ano de idade. O que acontece é que os adultos apanham o peixe (tainhas, carapaus, sardinhas) e o passam aos aprendizes, que nele treinam mordidelas e o passeiam de um lado para o outro, descreveu recentemente Maria João Fonseca, da Vertigem Azul, à Wilder.

A população de roazes do rio Sado conta actualmente com 27 animais, depois da morte de Asa anunciada em Agosto passado, e que já teria cerca de 45 anos de idade. Actualmente, metade da população do estuário é jovem, tendo menos de 20 anos; a outra metade terá, em média, 40 anos de idade. Os golfinhos podem viver até aos 50 anos.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez

Se deseja tornar-se um perito nos golfinhos do estuário do Sado, leia aqui o guia que a Wilder recentemente publicou sobre este assunto.

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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