A Wilder esteve no Borboletário, poucos dias antes da reabertura, à conversa com as duas responsáveis, Maria João Verdasca, 34 anos, e Adriana Galveias, 35. Apesar de estar um dia nublado vimos borboletas-limão, borboletas-da-couve, malhadinhas, monarcas e ainda ovos de borboleta-da-couve, lagartas de monarca, crisálidas de almirante-vermelho e casulos de pavão nocturno grande e pequeno.
Wilder: Como prepararam a reabertura do Borboletário, depois de ter passado o Inverno fechado?
Durante o Inverno fizemos uma manutenção mais geral. Mas agora para a reabertura plantámos os canteiros com as plantas hospedeiras – como couves, urtigas, arrudas e funchos – e repusemos as plantas que foram comidas pelas lagartas. Além disso, podámos as árvores, arrancámos ervas daninhas dos caminhos, pusemos etiquetas novas e placas auto-explicativas com o que está a acontecer em determinado local, para ajudar as pessoas a compreenderem o que se passa.
W: Quem visita o Borboletário?
O número de visitantes tem vindo sempre a subir e no ano passado foi 63 mil. Desde o início do Borboletário, em 2006, já recebemos mais de 25 mil alunos, mas recebemos todo o tipo de pessoas. À semana são mais estrangeiros e escolas; ao fim-de-semana são mais famílias portuguesas. A maioria vem porque é giro ou porque já ouviu falar. As borboletas são muito atractivas.
W: E quais são as perguntas mais frequentes?
As pessoas, normalmente, perguntam quanto tempo vive uma borboleta. Uma das perguntas mais curiosas que nos fazem é se as crisálidas de monarca são brincos ou se foram pintadas por nós (risos).
É interessante ver que há muitos miúdos que nos visitam que já têm conhecimento e interesses específicos. Aqui aprendem com o contacto directo sobre as espécies que são comuns e não as tropicais que, provavelmente, nunca irão ver na vida.
W: O que gostariam para o futuro?
Gostaríamos que o Borboletário continuasse a funcionar. Este é um projecto que não está assegurado porque está assente em duas bolseiras cujas bolsas acabam em Julho e Setembro deste ano. Ainda não há solução, mas o museu está a estudar uma forma de garantir a continuidade do projecto.
Além disso, gostávamos de ter um viveiro de plantas associado e um espaço de acolhimento para as crianças, para quando chove, por exemplo.
[divider type=”thin”]Descubra o Borboletário com as sugestões que aqui lhe deixamos.