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Desenho da semana: uma orquídea nas Serras de Aire e Candeeiros

16.04.2018

O ilustrador naturalista Marco Nunes Correia abre os seus cadernos de campo e mostra-nos o que o fascina na natureza portuguesa. São desenhos, esboços ou aguarelas onde regista as estações do ano. Uma por semana.

 

Durante um passeio no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em 2016, Marco Nunes Correia encontrou uma orquídea que lhe despertou a atenção. Por isso quis registá-la no seu caderno de campo.

 

Orquídea. Ilustração: Marco Nunes Correia

 

Esta orquídea chama-se salepeira-grande (Barlia robertiana) e é uma espécie autóctone de Portugal. Podemos encontrá-la em “prados, pastagens, clareiras de matos e matagais e taludes, em solos pedregosos e preferentemente de origem calcária”, segundo o portal de botânica portuguesa, Flora-on.

Marco Nunes Correia começou por fazer o esboço da orquídea no campo. Já em casa escolheu a técnica da aguarela para colorir o desenho.

A partir de algumas flores que colheu da mesma inflorescência (em forma de espiga) registou vários detalhes desta espécie, como as pétalas, as sépalas e o estigma.

“Quis saber como funcionam as várias partes desta planta, registando diversos detalhes. Fiquei com informação suficiente para, mais tarde, fazer uma prancha botânica”.

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Marco Nunes Correia, de Alcobaça, é professor na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. É membro do Grupo do Risco e especializou-se em desenho de natureza. 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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